Crise da Grécia é destaque de reunião anual do FMI
O pedido de ajuda da Grécia para superar a grave crise financeira do país é o assunto principal da reunião anual do Fundo Monetário Internacional que teve início neste sábado, em Washington. O encontro permite aos 186 países membros do Fundo analisar a situação e propor diretrizes para a economia e o sistema financeiro mundiais.
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Na sexta-feira a Grécia acionou o mecanismo de ajuda elaborado pela UNião Europeia e pelo FMI para cobrir o enorme rombo de suas contas públicas. O déficit do país atinge 13,6% do PIB.
Para a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, o recurso do país ao FMI não "é uma desgraça". "Não é preciso ter pudores como uma moça", respondeu Lagarde em Washington à pergunta sobre as reticências expressadas pelo Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet. No último mês de março, o presidente do BCE mostrou toda sua incerteza sobre as consequências de um país da zona euro recorrer ao Fundo Monetário Internacional.
Os países da zona euro se comprometeram a oferecer 30 bilhões de euros à Grécia desde o primeiro ano para uma empréstimo previsto para até 3 anos. A contribuição do FMI será de 15 bilhões de euros.
Para evitar riscos de novas tensões nos mercados, o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Khan prometeu dar uma resposta rápida ao pedido do governo grego. Neste domingo ele tem encontro marcado com o ministro grego das Finanças Georges Papaconstantinou.
Segundo autoridades europeias, a decisão de confirmar o empréstimo sera baseada em um programa que está sendo preparado em Atenas pela Comissão Europeia, o BCE, o FMI e as autoridades gregas.
Presente em Washington, o comissário europeu dos Assuntos Econômicos, Olli Rehn, disse que o programa pode ficar pronto até o início de maio.
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