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Economia

Pesquisa mostra que empresas de países emergentes cresceram apesar da crise

Um estudo internacional mostra que enquanto as empresas dos países mais desenvolvidos foram duramente atingidas pela crise, as companhias das nações emergentes tiveram em sua maioria um forte crescimento. E isso não se deve a nenhuma receita milagrosa, mas à aplicação de soluções simples e eficazes.  

Segundo o estudo, as empresas de economias emergentes colocaram em prática receitas simples e eficazes para continuar a crescer apesar da crise econômica mundial.
Segundo o estudo, as empresas de economias emergentes colocaram em prática receitas simples e eficazes para continuar a crescer apesar da crise econômica mundial. Reuters
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A pesquisa batizada "Herois Emergentes" foi realizada pelo escritório de auditoria internacional Ernst & Young com 547 diretores de empresas em 47 países considerados emergentes, como o Brasil, a Ìndia e a China.
O objetivo era descobrir por que as empresas desses países tiveram sucesso apesar da crise mundial.
Um terço desses "heróis emergentes" tiveram um aumento de mais de 20% no seu faturamento e nos seus lucros nos últimos três anos.
No mesmo período, o faturamento e os lucros das cem maiores empresas cotadas em bolsa nos Estados Unidos diminuiram em média, respectivamente, 2% e 20%.
Os resultados das maiores empresas europeias que compõem o índice londrino Footsie também não é nada animador: as vendas cairam em média 8% e os lucros 25% nos últimos três anos.
Para o supervisor do estudo, Alexis Karklins, a época em que a gestão das empresas ocidentais era imitada em todo o mundo chegou ao fim. "Agora são os mercados desenvolvidos que devem incorporar e avaliar como e por que essas empresas [dos países emergentes] continuaram a crescer, apesar de um ambiente econômico muito difícil", afirma Karklins.
Segundo a pesquisa, duas estratégias principais contribuíram para o crescimento dos "herois emergentes": uma ofensiva total para gerar receitas, muito usada no Brasil e na Índia, e a tática dos pequenos passos, bastante comum na China.
Focar no mercado interno, adaptar-se ao consumidor, apostar nos seus pontos fortes e financiar o desenvolvimento com os dividendos dos acionários são algumas das soluções simples colocadas em prática.
"Em vez de desenvolver estratégias altamente inovadoras, nossos herois emergentes são empresas que que fizeram muito bem coisas simples", conclui Alexis Karklins.
Ao contrário das empresas ocidentais, somente 5% das companhias das nações emergentes escolheram reduzir custos ou terceirizar uma parte de suas atividades.
As empresas dos países desenvolvidos, paralisadas pela crise, muitas vezes optaram pela prudência, acumulando dinheiro líquido em detrimento dos investimentos.

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