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Crise/ zona euro

Espanha e Itália tentam acalmar incertezas do mercado

Na linha de mira da especulação financeira, a Itália e a Espanha tentam assegurar o mercado sobre suas capacidades de aplicarem medidas de austeridade econômica e saírem da crise. As lideranças políticas e econômicas dos dois países multiplicaram frases de otimismo nesta terça-feira, na tentativa de acalmar as bolsas de valores, que temem o contágio da grave crise econômica para outros países além da Grécia e de Portugal.

O premiê espanhol, Jose Luis Rodriguez Zapatero (à direita) e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em Bruxelas.
O premiê espanhol, Jose Luis Rodriguez Zapatero (à direita) e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em Bruxelas. Reuters
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O chefe do governo espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, disse hoje que o plano de financiamento da dívida do país “está totalmente garantido”. O premiê espanhol reconheceu que a alta das taxas de obrigações espanholas dificulta a sustentabilidade da economia do país, mas ressaltou que, “em relação ao financiamento do Estado, há uma tranquilidade absoluta”.

Já o italiano Silvio Berlusconi convocou o país a enfrentar “unido” este momento que “certamente não é fácil” para a Itália. “Nós devemos ficar unidos, no interesse de todos, conscientes de que os esforços e sacrifícios a curto prazo corresponderão a ganhos permanentes e seguros.”

O primeiro-ministro italiano destacou que o seu governo está “estável e sólido”, assim como os bancos italianos. “A crise nos empurra a acelerar o processo de correções para chegarmos ao equilíbrio orçamentário em 2014”, afirma o comunicado assinado por Berlusconi. O governo adotou um plano de rigor no dia 30 de junho, mas o texto – que prevê economia de 40 bilhões de euros até 2014 - deve ser confirmado pelo Parlamento. A dívida da Itália, de 1,9 trilhão de euros, compromete 120% do PIB do país.

Pouco antes, o Tesouro italiano conseguiu emplacar 6,75 bilhões de euros em títulos com vencimento em até um ano, com taxas de 3,67%. Este era o valor máximo que a Itália pretendia emitir, e assim conseguiu estabilizar a bolsa de Milão, que enfrentava baixa de 4% país. O governo encarou medida, um verdadeiro teste da solvabilidade italiana desde que os temores aumentaram, como uma vitória. No início da tarde, a bolsa subiu e ficou positiva, antes de voltar a cair para 0,25%.

Nesta manhã, o ministro italiano da Economia, Giulio Tremonti, decidiu se retirar de uma reunião ministerial que acontecia em Bruxelas e antecipar seu retorno à Itália, para acelerar a organização do plano de rigor econômico. “Volto para Roma para finalizar o meu plano de rigor”, declarou rapidamente à imprensa ao deixar o encontro.
 

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