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UE/ crise

Comissão Europeia pede rapidez em medidas anticrise

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, disse hoje que as tensões no mercado sobre as economias italiana e espanhola são “injustificadas”, mas admitiu que as decisões tomadas na última cúpula da União Europeia, que acertou um pacote de ajuda à Grécia, devem ser aplicadas logo. Segundo Barroso, essa é uma maneira de enfrentar a “gravidade” da situação nos últimos dias, em que as bolsas europeias têm fechado em queda.

O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, encontrou-se com líder europeu.
O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, encontrou-se com líder europeu. REUTERS/Susana Vera
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“É essencial agirmos rapidamente, colocando em prática tudo que foi decidido pelos dirigentes da zona do euro e enviando um sinal claro de que a zona do euro vai resolver a crise da dívida soberana com os meios adaptados à gravidade da situação”, afirmou. Barroso exortou os 17 países que adotam a moeda única a implantar, “sem esperar”, o acordo firmado em 21 de julho, que prevê o aumento dos recursos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.

Nesta quarta-feira, a Comissão Europeia voltou a assegurar que nenhuma discussão sobre um eventual plano de ajuda à Itália estava em curso. “Nós estamos certos de que os comprometimentos assumidos pelos Estados europeus, inclusive italiano e espanhol, serão cumpridos”, declarou a porta-voz da comissão.

Reuniões prosseguem

Nesta manhã, o ministro italiano da Economia, Giulio Tremonti, reuniu-se com o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, e com o comissário europeu para os Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn. “O comissário Rehn reafirmou que ele continua convencido de que o ministro Tremonti e as autoridades italianas farão o necessário para colocar o país nos trilhos de um crescimento sustentável mais forte e garantir a consolidação orçamentária italiana”, disse a comissão, por comunicado.

Antes disso, o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, e o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, haviam concordado que as medidas de apoio à Grécia devem se concretizar “o mais cedo possível”, para “tranquilizar os mercados”, conforme comunicado divulgado pelo gabinete do espanhol. Zapatero já havia pedido o mesmo para Barroso, em uma reunião realizada na terça-feira.

Pressionado, o premiê adiou suas férias, que normalmente ocorreriam em agosto, e antecipou as eleições legislativas de março para novembro. O governo espanhol também informou que vai realizar dois conselhos de ministros extraordinários, nos dias 19 e 26 de agosto, para aprovar novas medidas econômicas contra a crise.

Depois da Grécia, a Espanha e a Itália encontram-se no centro do furacão da crise europeia, suscitando incertezas entre os investidores sobre suas capacidades de pagarem suas dívidas.

 

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