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Crise/ zona do euro

Fundo europeu estaria prestes a ajudar a Itália para atenuar crise

A zona do euro estaria estudando a possibilidade de oferecer ajuda para a Itália enfrentar a crise, através do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, o mecanismo de socorro financeiro criado para ajudar as economias em dificuldades. A dois dias de uma cúpula de chefes de Estado e de Governo para estabelecer uma solução para aliviar a crise na Grécia e evitar o contágio para outros países, as negociações estariam “relativamente próximas” de um acordo, conforme a Comissão Europeia.

Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano, reúne-se com ministros para acelerar corte de gastos públicos.
Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano, reúne-se com ministros para acelerar corte de gastos públicos. REUTERS/Thierry Roge
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Quanto à Itália, fontes diplomáticas afirmaram à agência AFP que a possibilidade de compra de títulos da colossal dívida soberana italiana está sendo evocada nos bastidores das negociações sobre o futuro da zona do euro. O objetivo é evitar que as taxas de empréstimos do país no mercado de obrigações se supervalorizem. Atualmente, o governo italiano obtém empréstimos a 6% de juros, um nível já bastante alto, considerando-se a dívida que chega a 1,9 trilhão de euros.

Em contrapartida, as lideranças da zona do euro exigiriam “fortes medidas” do governo italiano, “que demonstrassem que não há riscos de a Itália se transformar em uma nova Grécia”. Sob pressão, o primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi, reúne com seus ministros para avaliar novas formas de realizar economias, o que poderia se traduzir em uma reforma no sistema de aposentadorias.

Em paralelo, as negociações continuam para preparar o que deve ser a última cúpula, na quarta-feira, entre os líderes da zona do euro antes do encontro dos chefes de Estado do G20, em novembro. O encontro deve apresentar um plano para aumentar as capacidades do fundo europeu ou a criação de um outro mecanismo, que poderia ser abastecido à base do voluntariado, com a colaboração de países emergentes. Além disso, os líderes deverão chegar a uma conclusão sobre qual será a contribuição do setor financeiro para países como a Grécia reverterem o quadro negativo em decorrência das dívidas e do déficit.

Um comunicado divulgado pela Comissão Europeia afirma que a zona do euro está “relativamente próxima” de um acordo com os principais credores privados da Grécia. Os bancos estariam prestes a aceitar a perda de 40% do valor dos títulos gregos, ao invés dos 50% propostos pelos governos.
 

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