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Economia/Europa

Empresas europeias serão as maiores vítimas da crise em 2012

A degradação da conjuntura econômica mundial, agravada no segundo semestre de 2011 por causa da crise das dívidas da zona do euro, vai afetar neste ano principalmente as empresas europeias. Esta é a previsão do relatório anual da seguradora francesa Coface, que reuniu especialistas, nesta segunda-feira, em Paris, na Conferência Risco País 2012.

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"Com a demora de uma resposta à crise por parte das instituições, as antecipações negativas do mercado financeiro provocaram um aumento da desconfiança dos atores da economia real. Paradoxalmente, são as empresas, mesmo as bem gerenciadas, as mais afetadas pela volta da crise. O crescimento baixo previsto na Europa e a possibilidade de desaparecimento do crédito afetam diretamente as empresas", explica François David, presidente da Coface.

Segundo o economista-chefe da instituição, Yves Zlotowski, em 2011 foi observado um aumento de 19% na taxa de inadimplência por parte das empresas no mundo inteiro. A taxa foi mais alta na zona do euro: 28%.

"Verificamos que o índice chegou a 24% na Alemanha e 29% na França, as duas maiores economias da Europa, que deverão ter este ano um crescimento de 0,7% e 03%, respectivamente", diz Zlotowski.

O economista explica que as empresas alemães são mais sólidas do que as francesas.

"O desempenho vai depender muito do comércio mundial. Se o ano for de hesitação e de falta de políticas concretas, os riscos para as empresas vão aumentar em outros países da Europa", acrescenta Zlotowski, que chama a crise atual de "sistêmica".

Para François Heisbourg, consultor da Fundação para a Pesquisa Estratégica, o mundo está atualmente dividido em duas partes: os países muito endividados e os menos endividados.

"O Japão, por exemplo, está muito endividado e penso que muito em breve seremos atingidos por este 'terremoto econômico japonês'", estima o analista.

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