FMI prevê queda de crescimento econômico brasileiro e mundial
O Fundo Monetário Internacional diminuiu suas previsões de crescimento econômico mundial para esse ano. Segundo o FMI, essa revisão é provocada pela recessão na zona do euro. De acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial divulgado nesta terça-feira, a expansão global em 2012 será de 3,3%, e não de 4%, como anunciado em setembro. O organismo também revê para baixo as estimativas para o Brasil, onde o PIB deve crescer apenas 3%.
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O Brasil não escapou da baixa nas previsões que prevê um crescimento de seu PIB (Produto Interno Bruto) abaixo da média mundial: 2,9% em 2011 e 3% neste ano. Para 2013, a queda é de dois pontos;de 4,2% para 4%. Os resultados são frustrantes para o País após o crescimento superior à média mundial em 2010, quando cresceu 7,5% diante de um avanço global 5,2%.
Outra decepção para o Brasil: as expectativas de crescimento do PIB nacional também serão inferiores à média da América Latina e Caribe (3,6%), e dos países que integram o grupo dos Brics: China (8,2%), Índia (7%) e Rússia (3,3%). Destes, apenas a África do Sul terá desempenho pior que o do Brasil, com previsão de expansão de 2,5% em 2012.
Crescimento mundial dependerá da evolução zona euro em 2012
Segundo o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, a expansão da economia mundial dependerá diretamente do restabelecimento da zona euro em 2012. "O mundo poderá conhecer uma nova recessão se a crise se intensificar na Europa", declarou durante uma coletiva de imprensa. O organismo aponta que os cortes orçamentários e planos de austeridade poderão atingir a confiança dos mercados. Em contrapartida, o Fundo confirma um reforço do crescimento econômico global para 2013 de 3,9%.
Os europeus receberam outra má noticia: o PIB dos países da zona euro devem diminuir em 0,5% este ano. Além disso, as nações da Europa central e Europa do Leste serão particularmente afetadas pela estagnação de crescimento onde as economias devem aumentar somente cerca de 1,1% - contra uma previsão antecedente de 2,7%.
Já sobre os países desenvolvidos não-europeus, os Estados Unidos mantêm uma expectativa de 1,8%, e o Japão teve sua expectativa reduzida de 2,3% para 1,7%. Outros paises asiáticos que esperavam uma evolução de 8% vão ter que se contentar com uma estimativa de 7,3%. A China, que contava com a bombástica probabilidade de 9% de aumento de sua economia, viu suas previsão para 2012 diminuir para 8,2%.
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