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Portugal/Crise

FMI revela preocupação com plano de ajuste em Portugal

O Fundo Monetário Internacional (FMI) declarou nesta quinta-feira que os riscos que dificultam a realização de seu programa de ajuste orçamentário em Portugal aumentaram devido, entre outros motivos, ao crescente protesto social no país. O programa "segue globalmente no bom caminho", concluem os técnicos do Fundo que encerraram hoje a quinta missão de avaliação trimestral do programa de ajuste.

Protesto em frente ao Parlamento português contra o Orçamento no dia 13 de outubro de 2012
Protesto em frente ao Parlamento português contra o Orçamento no dia 13 de outubro de 2012 REUTERS/Jose Manuel Ribeiro
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"Os riscos que pesam sobre os objetivos do programa cresceram claramente e a resistência política e social ao ajuste aumentou", indicou o FMI em um relatório de avaliação sobre a aplicação do plano internacinal de 78 bilhões de euros acertado com Portugal em maio de 2011. O aumento do desemprego, que deve chegar a 16% até o final do ano, a queda das receitas fiscais e o crescente descontentamento social complicam o cumprimento das metas, estima o órgão. O maior sindicato português convocou uma nova greve geral em 14 de novembro.

Ontem, o FMI anunciou que iria depositar imediatamente mais 1 bilhão e meio de euros do pacote de ajuda negociado com o país. Com isso, até o momento, quase 22 bilhões de euros já foram repassados ao governo português. Em troca da ajuda, o governo do conservador Pedro Passos Coelho se comprometeu a adotar um vasto plano de austeridade que têm provocado manifestações e greves.

Em setembro, a troica de credores formada pelo FMI, a União Europeia e o Banco Central Europeu avaliaram que Portugal estava no caminho certo e as medidas de austeridade davam bons resultados. Mas diante da contestação crescente da população, o governo pediu e conseguiu junto a seus credores um maior alívio nos objetivos de redução do déficit público. Até o final do ano, o país se comprometeu a reduzir o déficit para 5% do PIB, abandonando a meta anterior de 4,5%. A dívida pública vai chegar a 124% do PIB em 2014. Embora a trajetória da dívida seja de alta, o FMI considera que a curva continua sob controle. 

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