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Portugal/crise

Portugal obtém um ano a mais para reduzir déficit

O governo de Portugal recebeu uma boa notícia, em meio à grave crise enfrentada pelo país. Os credores decidiram que o país ibérico terá um prazo estendido, até 2015, para reduzir o déficit.

Ministro Vítor Gaspar anuncia a decisão de prazo maior para redução do déficit
Ministro Vítor Gaspar anuncia a decisão de prazo maior para redução do déficit REUTERS/Hugo Correia
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"Os novos limites do déficit são de 5,5% do PIB para 2013, 4% para 2014 e 2,5% em 2015", declarou o ministro das Finanças, Vítor Gaspar. Os objetivos anteriores eram de 4,5%; 2,5% e 2%, respectivamente, para os três anos. Para chegar a essa decisão, a "troika" (formada pela União Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu), examinaram as contas do país durante três semanas. Depois de avaliação por parte dos três credores, o grupo decidiu "compensar" os esforços dos portugueses.

Em reconhecimento ao esforço, Portugal receberá um ajuda de 2 bilhões de euros(4,7 bilhões de reais, aproximadamente), como parte de um empréstimo de 78 bilhões de euros, concedido em maio de 2011. "A aplicação do programa econômico de Portugal está sobre os trilhos, apesar da conjuntura econômica difícil", afirmou a "troika", por meio de um comunicado.

O ministro Vítor Gaspar comemorou o fato de que o déficit público tenha se estabelecido em 4;9% em 2012, respeitando assim o objetivo de 5%. A dívida pública de Portugal já ultrapassa os 120% do PIB. Por essa razão, "a troika" também concedeu aos portugueses um prazo maior, até 2015, para que reduzam as despesas públicas em 4 bilhões de euros(mais de 9 bilhões de reais). A redução fará parte de um pacote de reformas do setor público, que será anunciado em breve por Lisboa.

Ao estender o prazo para redução do déficit, os credores de Portugal reconheceram que as medidas de austeridade impostas ao país contribuíram para o recuo da economia e o aumento do desemprego. O país registrou uma recessão de 3,2% em 2012, a mais grave desde 1975. O ministro Gaspar prevê uma contração de 2,3% em 2013, neste país que sofre com uma taxa de 16,9% de desemprego da população ativa. O índice deve atingir os 18% até o fim do ano.

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