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Portugal/Crise

Empresários portugueses cobram do governo fim da austeridade

As principais entidades empresariais portuguesas denunciaram nesta segunda-feira, em Lisboa, o fracasso das medidas de austeridade adotadas pelo governo em troca do resgate financeiro e pediram "uma mudança de política para salvar o país".

Portugal terá nova greve geral prevista para 27 de junho.
Portugal terá nova greve geral prevista para 27 de junho. REUTERS/Jose Manuel Ribeiro
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No documento conjunto em defesa de um compromisso para o crescimento econômico, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação dos Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) não poupam críticas às políticas de austeridade e pedem maior equilíbrio entre a redução do déficit público e uma eventual redução dos impostos, acompanhada por medidas de estímulo à economia, ao investimento, à competitividade e ao emprego.

"O plano de austeridade foi uma resposta a curto prazo aplicada como se fosse a única possível, mas atualmente, diante dos resultados, nada pode ser tão imprudente quanto defendê-la, e pior, continuar a aplicá-la", dizem os empresários portugueses no texto.

“Não se vê uma luz no fim do túnel” para o fim da recessão, alertou o presidente da CCP, João Vieira Lopes, para quem a estratégia de estímulo econômico apresentada pelo governo não responde aos problemas de curto prazo das empresas, como o desemprego, a queda dos investimentos e da procura interna.

Em troca de um empréstimo de 78 bilhões de euros do FMI, da União Europeia e do Banco Central Europeu, o governo português corta recursos do orçamento público desde 2011. Mas os cortes mergulharam o país na recessão e provocaram um índice de desemprego recorde de 18% da população.

Os sindicatos de trabalhadores portugueses convocaram uma nova greve geral para o dia 27 de junho.

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