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China

Analistas temem efeitos negativos da desaceleração chinesa

A desaceleração da economia chinesa está confirmada. No segundo trimestre do ano, o PIB chinês cresceu 7,5% contra uma previsão inicial de 7,7%.

Investidor diante de painel com informações do mercado em Shangai.
Investidor diante de painel com informações do mercado em Shangai. REUTERS/Aly Song
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O crescimento da China desacelerou no segundo trimestre e cresceu 7,5%. No primeiro semestre, a economia do país havia crescido 7,6%, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS).

Para os analistas, essa desaceleração da China é reflexo da conjuntura nos Estados Unidos e Europa e também da perda de fôlego da demanda interna. Por sua vez, os demais países asiáticos, os emergentes e também as nações desenvolvidas, que são cada vez mais dependentes das exportações para a China, perdem velocidade. “As exportações de vários países podem esfriar seriamente e isso afetaria a Alemanha”, avalia Andreas Rees do banco italiano UniCredit.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) já havia alertado na semana passada sobre o risco “crescente” da perda de velocidade da economia dos países emergentes e das consequências nefastas para a retomada mundial.

Os mercados reagiram com tranquilidade à desaceleração chinesa. Na manhã edsta segund-feira, na abertura das bolsas nos Estados Unidos, o índice Dow Jones cresceu 0,10%, atingindo 15.479,16 pontos. Já o Standard & Poor's 500 abriu com uma leve queda de 0,01% com 1.679,98 pontos. Segundo Craig Erlam, analista da Alpari, essa reação positiva dos mercados traduz uma "visão pessimista que os investidores têm da China neste momento”. Ou seja, o mercado já havia precificado a perda de dinamismo da economia chinesa.

"A China gastou dinheiro demais em infraestruturas improdutivas que foram pouco utilizadas. Chegou a hora de o país limitar as despesas excessivas, tem,tar relançar a economia em bases mais sólidas e se concentrando mais no consumo”, disse Ishaq Siddiqi da ETX Capital. O premiê chinês, Li Keqiang, tem reiterado que será preciso conviver com um crescimento em ritmo mais lento e que também serão necessárias mudanças estruturais para colocarem a China na rota do crescimento sustentável.

 

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