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Estados Unidos

Moody's rebaixa nota de bancos americanos para refletir risco de falência

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta quinta-feira de um nível a nota da dívida do JPMorgan Chase, Goldman Sachs, Morgan Stanley e Bank of New York Mellon, para refletir um menor risco de apoio do governo dos Estados Unidos em caso de falência desses bancos.

A futura presidente do FED, Janet Yellen, confirmou que o governo não vai mais socorrer grandes bancos à beira da falência com recursos públicos.
A futura presidente do FED, Janet Yellen, confirmou que o governo não vai mais socorrer grandes bancos à beira da falência com recursos públicos. REUTERS/Gary Cameron/Files
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A Moody's está convencida que o governo americano não vai injetar dinheiro nesses bancos se eles tiverem problemas para honrar seus pagamentos e prefere advertir os investidores do risco de falência dessas instituições. O JP Morgan Chase, o maior banco dos Estados Unidos em ativos, teve o seu rating de longo prazo reduzido para A3. As notas dos bancos de investimento Goldman Sachs e Morgan Stanley foram rebaixadas, respectivamente, a Baa2 e Baa1.

O comunicado da agência, divulgado ontem no final do dia, teve pouco impacto nas transações eletrônicas das bolsas de valores. As ações do Goldman Sachs perderam 0,28%, as do Morgan Stanley recuaram 0,10% e os papéis do JP Morgan Chase permaneceram estáveis. 

A nota do Bank of New York Mellon também foi rebaixada em um nível, passando para A1, enquanto Citigroup (Baa2), Bank of America (Baa2) e Wells Fargo (A2) não tiveram suas notas de risco alteradas pela Moody's. 

Estas decisões da Moody's foram tomadas após análise dos oito maiores bancos americanos para refletir o impacto da lei de reforma financeira conhecida como Dodd-Frank Act, aprovada em 2010. O texto prevê regras mais rígidas para os bancos que podem colocar em perigo o sistema financeiro americano e mundial por serem grandes demais para falir ("too big to fail").

"Acreditamos que os reguladores bancários dos Estados Unidos fizeram progressos importantes ao impor um quadro crível para lidar com falências de grandes bancos", afirma o analista Robert Young no comunicado da Moody's. "Em vez de depender de recursos públicos para socorrer uma dessas instituições, esperamos que os credores assumam uma parcela muito maior na recapitalização dos bancos ameaçados de falência", acrescenta Young.

A futura presidente do banco central americano (FED), Janet Yellen, disse nesta quinta-feira em uma audiência no Senado que evitar dar ajuda pública a gigantes bancários à beira da falência "é um dos objetivos mais importantes do período pós-crise".

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