Bruxelas confirma retomada econômica lenta na zona do euro
Dados da Comissão Europeia divulgados nesta segunda-feira (5) confirmam a retomada econômica na zona do euro, principalmente devido à demanda interna e graças a um mercado de trabalho que se estabiliza. A previsão de crescimento para este ano é de 1,2% e, em 2015, de 1,7%.
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“Bases sólidas estão instaladas para que a retomada econômica permaneça”, afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia, Siim Kallas. A comissão revisou para baixo a previsão de crescimento para 2015, que passou de 1,8%, previstos em fevereiro, para 1,7%. A diminuição foi considerada “pouco significativa” pelo órgão executivo europeu.
O aumento do PIB nos 18 países que compartilham o euro em 2014 será estimulado pela demanda interna. Os gastos de consumo devem aumentar progressivamente, já que o poder aquisitivo se beneficia de um período prolongado de inflação baixa, enquanto o mercado de trabalho começa a se estabilizar.
Risco baixo de deflação
O estudo também afirma que o risco de deflação na zona do euro é muito baixo e a alta dos preços vai acelerar mais lentamente do que o esperado neste ano e no próximo, parcialmente devido ao euro mais forte. A inflação anual ao consumidor deve cair para 0,8% neste ano, contra 1,3% em 2013, bem abaixo da meta do Banco Central Europeu, de próximo de 2%. A nova projeção é mais baixa do que a estimativa de fevereiro, quando a comissão via a inflação neste ano em 1%.
"A inflação pode terminar mais baixa do que o imaginado no cenário central, se as condições do mercado de trabalho e os preços de commodities ficarem mais fracos do que o esperado", disse a Comissão Europeia. "Entretanto, a probabilidade de deflação, definida como queda generalizada de preços na zona do euro como um todo, permanece muito baixa", completou.
Desemprego
Já o índice de emprego - pessoas que conseguiram um trabalho - deve ficar em 0,4% neste ano e subir a 0,7% em 2015 na zona do euro. As taxas de desemprego esperadas são de 11,8% em 2014 e 11,4% em 2015. “A lentidão do recuo do desemprego reflete uma retomada gradual e a ocorrência de um desemprego estrutural maior do que nos anos anteriores à crise”, observa o relatório.
Apenas a Alemanha e Malta não devem registrar queda de desemprego em 2015. Na Grécia, deve passar de 26,0% para 24,0%, e na Espanha diminuir de 25,5% para 24,0%. Os dois países foram os que mais sofreram com o fechamento de postos de trabalho durante a crise.
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