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Schumacher/Acidente

Velocidade não foi determinante em acidente de Schumacher, dizem investigadores

Em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, 8 de janeiro de 2014, o ministério público de Albertville, no sudeste da França, e a polícia francesa apresentaram as conclusões da primeira fase do inquérito sobre o acidente de Michael Schumacher. Os investigadores explicaram em detalhes a trajetória que culminou na queda do ex-piloto nos Alpes franceses.  

Captura vídeo da coletiva de imprensa sobre o estado de saúde de Michael Schumacher; o procurador Patrick Quincy apresentou as conclusões da primeira fase do inquérito.
Captura vídeo da coletiva de imprensa sobre o estado de saúde de Michael Schumacher; o procurador Patrick Quincy apresentou as conclusões da primeira fase do inquérito.
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A entrevista coletiva realizada em Albertville, distante 74 km de Grenoble onde Schumacher segue internado,  durou cerca de 40 minutos,  trouxe mais detalhes mas poucas novidades em relação às informações já conhecidas sobre o drama do ex-piloto. Os investigadores disseram ter ido ao local do acidente, analisado as pistas da estação, entrevistado familiares, testemunhas e especialistas das montanhas dos Alpes franceses.

Entre os principais elementos analisados está a seqüência de vídeo filmada pela câmera acoplada ao capacete de Schumacher. As imagens duram dois minutos e mostram a descida do ex-piloto que, segundo os especialistas, era normal para um esquiador com a experiência dele. As imagens são claras e permitiram uma simulação.

De acordo com os investigadores, o vídeo não permite determinar a velocidade de Schumacher no momento do acidente, que aconteceu numa interseção entre duas pistas. “Não podemos estimar a velocidade em quilômetros por hora, não podemos indicar nenhum número até o momento, isso será feito depois. Mas a velocidade é de um bom esquiador”, confirmou Stéphane Bozon, comandante da polícia de Polícia de Alta Montanha de Savoia.

Não há no campo de visão do piloto imagens que mostram que ele teria socorrido alguma pessoa, como chegou a ser divulgado pela assessoria do ex-piloto.  “Não o vemos socorrer quem quer que seja. Talvez o filme não represente a descida completa”, afirmou o procurador. “Não se vê uma pessoa no campo de visão de Schumacher”, disse Quincy sobre as imagens de vídeo analisadas.

O acidente

No dia 29 de dezembro, às 11 horas da manhã (7h em Brasília), Schumacher desceu a pista Saulire, a 2.700 metros de altitude, até uma intersecção entre duas outras pistas, uma vermelha, chamada Chamois, e outra azul, Biche. O ex-piloto seguiu a pista vermelha, pela esquerda, e depois ele ultrapassou a baliza e continuou a descida fora da pista.  Schumacher pratica movimentos típicos de um esquiador “muito bom”, explicou o procurador.

O ex-piloto esquiava entre três e seis metros à margem da pista demarcada. Em determinado momento, seu esqui tocou a ponta de uma rocha, ele perdeu o equilíbrio, seu corpo foi projetado para a frente e o ex-piloto bateu a cabeça num rocha situada três metros abaixo. Segundo os investigadores, os dois rochedos estão situados a 8 metros da pista. “Schumacher está desacordado no solo e seu posicionamento é de nove metros à margem da pista”, informou o procurador. 

Questionado sobre uma eventual imprudência do ex-piloto, o procurador respondeu: “No atual estágio da investigação não pretendo responder a esta pergunta”. Quincy disse que numa próxima fase da investigação, as imagens serão analisadas quadro a quadro, com mais precisão no âmbito de uma decisão judicial. “A velocidade não é obrigatoriamente um elemento importante para a conclusão da investigação”, afirmou Quincy. 

Conclusão

Os especialistas concluíram, no atual estágio das investigações, que as pistas de Méribel estavam bem sinalizadas e que as normas de segurança exigidas pelas leis francesas foram respeitadas. O material de esqui também foi examinado e, aparentemente, respeitam as normas de seguranças. 

A investigação continua e deve durar ainda várias semanas e a conclusão não tem data definida para ser divulgada. “Levará o tempo necessário e suficiente e será dentro de algumas semanas”, garantiu o procurador.

 

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