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Itália/Futebol

Violência entre torcedores na final da Copa da Itália revolta o país

A Itália amanheceu neste domingo (4) indignada com a volta da violência no futebol italiano. Ontem, durante a final da Copa da Itália entre Nápoles e Fiorentina, em Roma, um torcedor foi baleado e está em estado grave. O suspeito foi detido e indiciado por tentativa de homicídio. Nápoles venceu por 3 a 1, mas a festa foi manchada pelo incidente.

Torcedores do Napóles lançaram sinalizadores na final da Copa da Itália, no estádio Olímpico de Roma.
Torcedores do Napóles lançaram sinalizadores na final da Copa da Itália, no estádio Olímpico de Roma. Reuters
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O futebol italiano voltou a dar uma péssima imagem no estádio Olímpico de Roma, no sábado (3) à noite. Durante toda a partida entre Napóles e Fiorentina, os torcedores lançaram sinalizadores tentando interromper o jogo e no final invadiram o gramado, surpreendendo o serviço de ordem que se mostrou incapaz de contê-los. Eles protestavam contra a briga antes do início da partida que deixou um torcedor gravemente ferido.

O incidente aconteceu a 300 metros do estádio. Segundo a investigação da polícia, um torcedor violento do AS Roma, clube que não participava da decisão pela Copa da Itália, atirou contra os torcedores do Nápoles que o cercaram depois de uma provocação. Ele foi identificado e detido esta manhã. Daniele De Santis, de 48 anos, foi indiciado por tentativa de homicídio.

Ele baleou três torcedores napolitanos. Um deles, Ciro Espósito, de 30 anos, teve o pulmão perfurado e está em estado grave. Ele está consciente e deve ser novamente operado para a retirada da bala que foi parar perto da coluna vertebral.

Indignação

A imprensa italiana condenou em peso a violência. “O futebol italiano manchado de sangue” é a manchete da Gazzetta dello Sport de hoje. O jornal esportivo escreve que a final “deveria ter sido uma festa, mas acabou mostrando a triste fotografia do futebol no país”. Mesmo tom no Corriere dello Sport.

O presidente do Nápoles acusa o ministério do Interior de ser incapaz de organizar um jogo de futebol, que deveria ser uma brincadeira de criança. “Infelizmente, o futebol italiano é assim”, comentou pessimista o técnico da Fiorentina, Viencenzo Montella.

Dois mortos em dez anos

Nos últimos dez anos, o futebol italiano viveu vários episódios violentos que deixaram dois mortos. O policial Filippo Raciti foi morto por um torcedor em fevereiro de 2007, durante um jogo entre Catania e Palermo. Em novembro do mesmo ano, um torcedor da Lazio de Roma, Gabrielle Sandri, foi baleado e morto por um policial.
 

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