Comissão Europeia estuda plano de socorro para a Grécia

Bruxelas pode anunciar no início da semana que vem um pacote econômico para socorrer a Grécia, que atravessa uma grave crise econômica, com um déficit no orçamento gigantesco e uma dívida pública que chega a 300 bilhões de euros. Nesta segunda e terça-feira, o ministro grego das Finanças, George Papaconstantinou, vai se reunir em Bruxelas com os ministros das Finanças da União Europeia.

Nesta segunda e terça, o ministro grego das Finanças, George Papaconstantinou, vai se reunir em Bruxelas com os ministros das Finanças da União Europeia

A Comissão Europeia pode anunciar no início da semana que vem um pacote econômico para socorrer a Grécia, caso o país não consiga refinanciar o déficit no orçamento e sua dívida pública, que chega a 300 bilhões de euros.

Neste sábado, o jornal The Guardian chegou a anunciar que os 16 países da zona euro já haviam chegado a um acordo sobre o pacote de socorro, mas um porta-voz da Comissão Europeia temperou as informações, afirmando que Bruxelas "ainda estava estudando os detalhes técnicos do plano de ajuda e que o órgão estava prestes a agir se necessário".

Nesta segunda e terça-feira, o ministro grego das Finanças, George Papaconstantinou, vai se reunir em Bruxelas com os ministros das Finanças da União Europeia para tentar convencê-los de que a Grécia tem capacidade para aplicar o plano de austeridade anunciado na semana passada para controlar as finanças do país.

A Grécia enfrenta um grave crise econômica, com um déficit no orçamento de 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, quatro vezes mais do limite imposto pela União Europeia, e uma dívida pública de 300 bilhões de euros.

Estima-se que o país terá que pedir, ainda este ano, 54 bilhões de euros para refinanciar a dívida, sendo 20 bilhões até o final do mês de maio. Segundo o jornal The Guardian, o pacote negociado pelos países da zona Euro poderia chegar a 25 bilhões de euros, sob a forma de empréstimos ou garantias.

No dia 3 de março, o governo grego anunciou uma série de medidas de austeridade que deve permitir ao governo economizar 4,8 bilhões de euros, mas que vem enfrentando muita resistência interna