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Grécia/Crise

União Europeia anuncia pacote de ajuda à Grécia

O plano proposto pela França e a Alemanha em Bruxelas propõe a concessão de empréstimos da zona euro e crédito do FMI.

(da esquerda para direita), O Primeiro-ministro neerlandês Jan Peter Balkende, o presidente francês Nicolas Sarkozy, o Primeiro-ministro espanhol José Luiz Zapatero, o Primeiro Ministro Georges Papandreou e a Chanceler alemã Angela Merkel
(da esquerda para direita), O Primeiro-ministro neerlandês Jan Peter Balkende, o presidente francês Nicolas Sarkozy, o Primeiro-ministro espanhol José Luiz Zapatero, o Primeiro Ministro Georges Papandreou e a Chanceler alemã Angela Merkel Reuters
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Depois de semanas de discussão, a França e a Alemanha chegaram a um acordo sobre a ajuda financeira à Grécia, que enfrenta uma das piores crises financeiras dos últimos tempos. O plano franco-alemão autoriza a concessão de empréstimos bilaterais dos países da zona do euro e crédito do FMI (Fundo Monetário Internacional), em menor escala. No total, o pacote de ajuda ao governo grego deve chegar a 23 bilhões de euros. O porta-voz do governo, Georges Petalotis, afirmou que os países da zona euro concordaram com o plano, e que ele terá um impacto positivo na economia do país. A aprovação do acordo foi interpretada por Atenas como uma mensagem de estabilidade. A Grécia tem uma dívida de 300 bilhões de euros e precisa de um empréstimo de 54 bilhões, 20 bilhões até maio.

Para alívio de Atenas, o Banco Central Europeu também decidiu flexibilizar as regras de financiamento. A crise grega afetou a credibilidade da zona do euro e se a União Europeia não fizesse nada pela Grécia, correria também o risco de perder sua credibilidade. Em Bruxelas, a chanceler alemã Angela Merkel reafirmou que o envolvimento do FMI no pacote à Grécia deve ser o último recurso.

01:58

Letícia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas

O pacote também prevê a expulsão da zona euro dos países que apresentarem déficis causados por má gestão pública.

Na reunião dos líderes europeus, vários dirigentes mudaram de posição e, durante as negociações, concordaram com a intervenção do FMI no pacote grego. Entre eles, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, o premiê espanhol José Luiz Rodriguez Zapatero e o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, que também preside os 16 países da zona euro.

A imprensa grega acolhe com entusiasmo o que chamou de "colete salva-vidas" oferecido pela União Europeia, mas não faltaram críticas à chanceler alemã Angela Merkel que impôs sua estratégia de incluir o FMI na negociação. A possibilidade de recorrer ao Fundo Monetário Internacional é considerada uma humilhação por muitos líderes políticos e também por autoridades econômicas da zona euro.
Já a imprensa alemã fala do triunfo de Merkel mas questiona até que ponto a imagem da Alemanha ficará comprometida entre seus parceiros europeus.

 

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