Grécia pede socorro de 45 bilhões de euros ao FMI e à União Europeia
O país atingiu o déficit recorde de 13,6% em 2009 segundo a agência Eurostat, obrigando o governo grego a ativar a ajuda europeia e do Fundo Monetário Internacional.
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Leticia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas
Depois de uma semana de pressão interna do mercado financeiro, a Grécia decidiu aceitar oficialmente o pacote de socorro de 45 bilhões de euros da União Europeia e do FMI. Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro grego George Papandreou pediu a ativação imediata do mecanismo de ajuda financeira, e classificou a medida como necessidade nacional.
Nesta semana, a Grécia, que tem uma dívida de 300 bilhões de euros, voltou a ter a nota de sua dívida rebaixada pela agência de classificação de risco Moody´s, além de ter recebido novo anúncio de aumento do déficit fiscal pela Eurostat, agência de estatísticas do bloco europeu. O teto permitido pela UE é de 3% do PIB ao ano e a Grécia já atingiu 13,6%.
Letícia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas.
O plano de ajuda à Grécia, arquitetado pelo FMI e pelos países integrantes da zona euro, prevê empréstimos com juros de 5% e taxas preferenciais. Atenas espera que o anúncio da ativação de ajuda financeira acalme os mercados e que o governo possa financiar a dívida do país com juros mais baixos.
A Comissão Européia prometeu agir rapidamente e o governo alemão disse estar pronto para ajudar. Os ministros das finanças dos outros 15 países da zona do euro devem desbloquear os fundos logo após a avaliação do Banco Central Europeu e do sinal verde dos líderes do bloco.
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