Ryanair provoca polêmica ao limitar reembolso
A Ryanair, companhia aérea low cost, declarou que pagaria apenas a passagem para clientes bloqueados nos aeroportos por conta da nuvem vulcânica que paralisou o espaço aéreo europeu.
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Todas as companhias aereas com voos saindo da Uniao Europeia são obrigadas a respeitar os direitos dos passageiros. A afirmação é da Comissão Europeia, em resposta à polêmica levantada pela empresa low cost Ryanair. A companhia declarou na quarta-feira que seu reembolso se limitaria ao preço pago pela passagem aos clientes bloqueados nos aeroportos por conta da nuvem vulcânica.
A Ryanair não queria pagar os custos adicionais que passageiros tivessem com hotéis e alimentação nos últimos sete dias. Sob pressão, a empresa irlandesa acabou declarando nesta quinta-feira que reembolsaria os clientes prejudicados pelo caos no transporte aereo, sem estipular valores.
A Comissão Europeia lembra que as reivindicações devem ser feitas junto às autoridades nacionais. Uma regulamentação publicada em 2004 prevê que os passageiros tem o direito de pedir reembolso de gastos ocasionados por uma estada imprevista provocada por um cancelamento de voo, caso o passageiro não tenha optado por um reembolso da passagem.
Esses direitos devem ser observados em todos os voos, seja qual for a companhia, com decolagem da União Europeia. As regras valem para voos de companhias europeias com destino à países do bloco europeu. Companhias não europeias operando voos com destino à União Europeia, saindo de aeroportos fora do bloco, nao precisam obedecer a essa lei. A direção da Ryanair declarou que pretende contestar essa regulamentação europeia nos tribunais.
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