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França/ciganos

Apesar de europeus, romenos e búlgaros precisam de visto para ficar na França

A livre circulação dos trabalhadores é um direito fundamental, mas os cidadãos romenos e búlgaros podem sofrer restrições para trabalhar num outro país do bloco no máximo sete anos após a adesão.

Policiais desmantelam campo de ciganos em  Villeneuve d'Ascq , no dia 12 de agosto de 2010.
Policiais desmantelam campo de ciganos em Villeneuve d'Ascq , no dia 12 de agosto de 2010. Reuters / P. Rossignol
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Os ciganos expulsos da França são, em sua maioria imigrantes romenos e búlgaros que se tornaram cidadãos europeus quando esses dois países aderiram à União Europeia em 2007. A livre circulação dos trabalhadores é um direito fundamental dentro do bloco europeu. Mas os cidadãos das nações que aderiram recentemente podem sofrer restrições temporárias para trabalhar em um outro país europeu durante um período transitório de no máximo sete anos após a adesão. A França e outros nove países membros, entre eles Alemanha, Itália e Reino Unido, adotam essas restrições.

Atualmente, os cidadãos romenos e búlgaros podem entrar no território francês e permanecer durante três meses sem nenhuma formalidade. Antes desse prazo, eles só podem ser expulsos caso perturbem a ordem pública ou se tornem um peso "além do razoável" para a previdência social.
Após os primeiros três meses, os imigrantes devem provar que estudam, trabalham ou possuem recursos suficientes para viver na França e que contribuem para a previdência social.
Mas não é tão fácil quanto parece: para exercer uma atividade profissional, os cidadãos romenos e búlgaros devem obter uma autorização de trabalho e um visto de permanência no país. Esses documentos às vezes levam meses para ficarem prontos. Além disso, os empregos que else podem ocupar estão limitados a 150 profissões que atualmente oferecem poucas oportunidades por causa da crise, como a construção civil e a hotelaria.

Se não possuem os documentos exigidos, os ciganos podem ser expulsos. Segundo o ministério da imigração francês, no ano passado 10 mil pessoas foram enviadas de volta para a Romênia e a Bulgária. Mas estima-se que quase dois terços delas retornaram depois para a França.
Em meio à polêmica causada pela expulsão em massa de ciganos iniciada ontem pelo governo francês, a Comissão Europeia lembrou que a França deve respeitar as regras do bloco sobre a liberdade de circulação e de residência, mas evitou entrar diretamente da discussão.
 

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