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Imigração

Europa aprova expulsão de paquistaneses e afegãos

O Parlamento Europeu, crítico contundente da França na expulsão de ciganos do território francês, adotou uma posição mais dura no caso dos paquistaneses em situação ilegal na Europa.

Imigrantes curdos são transferidos ao centro de detenção de Cornebarrieu, em Toulouse.
Imigrantes curdos são transferidos ao centro de detenção de Cornebarrieu, em Toulouse. AFP
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Pelo acordo aprovado nesta terça-feira, após oito anos de negociações entre a Comissão Europeia e as autoridades de Islamabad, os cerca de 13 mil paquistaneses em situação irregular nos países do bloco, segundo um levantamento feito em 2008, serão repatriados ao Paquistão.

A medida foi aprovada pela maioria dos eurodeputados da direita e liberais, mas está sendo considerada escandalosa pelos verdes e parlamentares de esquerda, que denunciam a falta de garantias de proteção aos repatriados.

A deputada verde Nicole Kiil Nielsen lembra que o Paquistão não ratificou a Convenção de Genebra para Refugiados. Ela aponta os problemas recorrentes de não-respeito aos direitos humanos, a pena de morte ainda em vigor, a tortura no sistema penitenciário paquistanês, os crimes pela honra e a frágil situação das minorias étnicas. O texto também atinge os afegãos que chegaram à Europa vindos do Paquistão.

Contra esses argumentos, o Executivo europeu estima que os termos do acordo garantem o repatriamento dos migrantes de acordo com as regras do direito internacional e combatem as redes de imigração clandestinas.

A comissária europeia de Assuntos Interiores, Cecilia Malmstrom, fala que o bloco assinou até hoje onze acordos desse tipo. A comissária argumenta que se os governos europeus querem se mostrar confiáveis à opinião pública em suas políticas de imigração, é preciso que os cidadãos sem visto de permanência sejam enviados de volta a seus países de origem.

 

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