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Portugal/Crise financeira

Portugal define pacote financeiro com ministros da zona euro

Dois dias após formalizar o pedido de ajuda europeia, Portugal começa a definir detalhes do socorro financeiro com ministros de Economia e Finanças da zona do euro, em Budapeste, na Hungria. O pacote de resgate, que pode chegar a 85 bilhões de euros, será suficente para manter o país nos próximos três anos.

O presidente do Banco Central Europeu (à dir.), Jean-Claude Trichet, conversa com o ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schaueble.
O presidente do Banco Central Europeu (à dir.), Jean-Claude Trichet, conversa com o ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schaueble. REUTERS
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Os governos da zona do euro não têm escolha: é preciso ajudar Portugal. Mas um dos pré-requisitos para o empréstimo bilionário é de que o atual governo do país e o primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, aprovem medidas de austeridade. Há dúvidas, pois a principal razão da crise foi a falta de consenso político em Portugal. Ainda este mês, representantes da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu desembarcam em Lisboa, para negociar as bases do pacote.

Segundo o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, o plano propõe três frentes de ação: um ajuste orçamentário, um programa ambicioso de privatizações e medidas de apoio ao setor bancário português para garantir liquidez no mercado interno. Além do empréstimo da UE e do FMI, Portugal vai continuar captando de 3,5 a 6 bilhões de euros nos mercados por meio de operações de emissão de títulos da dívida portuguesa.

Os europeus querem rapidez na aprovação do novo plano de austeridade entre os políticos portugueses de centro-direita, o governo demissionário de esquerda e o Fundo Monetário Internacional. O que complica mais a situação é que Portugal vai às urnas no próximo dia 5 de junho, para eleições legislativas antecipadas.

Desde o estouro da crise na Grécia, e mais tarde na Irlanda, não eram poucos os analistas a apontarem Portugal, como a bola da vez na Europa. O pacote de ajuda financeira aos portugueses deverá ser o segundo maior a ser concedido pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e o FMI, desde o início da crise das dívidas soberanas, em janeiro do ano passado.

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