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Espanha/ eleição

Espanhóis vão às urnas em meio a protestos

Em meio a intensos protestos contra o desemprego e a situação econômica, a Espanha foi hoje às urnas para as eleições locais, em um pleito que se mostrou desastroso para os socialistas, partido do qual faz parte o primeiro-ministro, José Luis Zapatero.

Milhares de jovens protestam há uma semana contra o desemprego na Espanha.
Milhares de jovens protestam há uma semana contra o desemprego na Espanha. Reuters
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Na Puerta del Sol, uma das principais praças da capital Madri, cerca de 30 mil manifestantes decidiram continuar ocupando o local por no mínimo mais uma semana. Os jovens são os principais responsáveis pela onda de protestos pacíficos, já que são os principais atingidos pela falta de postos de trabalho. A Espanha vive há meses uma das suas piores crises, com taxas recordes de desemprego acima dos 21,3% entre a população ativa - a maior da União Européia e que significa 4,9 milhões de pessoas sem emprego. Entre os menores de 25 anos, os índices são ainda mais preocupantes: atingem 40%.

Protestos semelhantes aconteceram em Barcelona, Valência, Sevilha e Bilbao durante todo o final de semana, e também têm em mira as medidas de austeridades adotadas pelo governo Zapatero. As manifestações começaram há sete dias na Puerta del Sol e estão sendo autorizadas pelas autoridades.

Nas eleições de hoje, todos os municípios espanhois elegeram seus representantes e 13 das 17 regiões autonomas renovam seus Parlamentos. No total, 34 milhões de habitantes estavam aptos a comparecer às urnas. Os primeiros resultados de boca de urna apontam que os socialistas perderam a prefeitura de Barcelona, que governavam há 32 anos. Com 91% das urnas apuradas, o Partido Popular, de direita, obteve 37,53% dos votos, contra 27,86% para os socialistas. A diferença sanciona o partido de Zapatero - no poder desde 2004 no país –, a apenas um ano das eleições legislativas.

No momento em que votou, na manhã deste domingo, Zapatero pediu "responsabilidade pela ampla participação" dos cidadãos nas urnas. Acompanhado de sua esposa, Sonsoles Espinosa, ele votou em Madri, onde, na entrada e saída, foi vaiado por um grupo de pessoas e aplaudido por outros gritando "presidente, presidente".

Depois do voto, Zapatero expressou sua crença de que "a ampla participação é, sem dúvida, o melhor resultado para este dia (...) para decidir muitas coisas importantes para a vida dos cidadãos".
 

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