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Crise

Manifestantes voltam às ruas de Portugal contra medidas de austeridade

Milhares de pessoas voltaram, neste sábado, às ruas de Lisboa e Porto, em Portugal, para protestar contra as medidas de austeridade do governo. Esse é o primeiro grande teste social para o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que assumiu suas funções em junho passado.

O primeiro-ministro Passos Coelho (foto) enfrenta a primeira grande manifestação desde que assumiu o cargo, em junho passado.
O primeiro-ministro Passos Coelho (foto) enfrenta a primeira grande manifestação desde que assumiu o cargo, em junho passado. Reuters
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As manifestações foram convocadas pelos principais sindicatos do país. "As pessoas estão desencorajadas, não acreditam mais em nada e baixam os braços, mas começam a se dar conta da necessidade de manifestar contra as políticas do governo," afirmou a um canal de televisão local um dos manifestantes nas ruas de Porto.

Segundo a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) de Portugal, cerca de 130 mil pessoas teriam saído nas ruas, somente em Lisboa. Os organizadores afirmaram, em um comunicado, que o objetivo das manifestações é protestar contra o "empobrecimento e lutar por emprego, melhores salários e direitos sociais".

Portugal é o terceiro país da zona do euro, junto com a Grécia e a Irlanda, a ter beneficiado de uma ajuda financeira da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em troca, o governo deve adotar um programa de austeridade severo para equilibrar as contas públicas.

O governo de Passos Coelho já adotou medidas como a criação de uma taxa adicional sobre a renda, além de outros aumentos de impostos, redução de prestações sociais e congelamento do salário de funcionários.

A manifestação é realizada um dia depois da divulgação de indicadores econômicos que mostram que o país está ainda longe de alcançar seus objetivos de redução de déficit público. Segundo as estatísticas oficiais, Portugal registrou, no primeiro semestre deste ano, um déficit maior do que o previsto, de 8,3% do PIB, longe do objetivo fixado pelo governo para o final do ano, de 5,9%.

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