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UE/Economia

BCE anuncia medidas para ajudar bancos da zona do euro

O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, anunciou nesta quinta-feira uma série de operações excepcionais para ajudar os bancos da zona do euro a se refinanciarem. A instituição prevê duas operações de refinanciamento com volume ilimitado e prazo de cerca de um ano, em outubro e dezembro, uma continuação das operações durante seis meses, e um relançamento do programa de compras de títulos seguros, este último com um valor total de € 40 bilhões entre novembro e outubro de 2012.

O Banco Central Europeu já mudou a taxa de juros duas vezes esse ano.
O Banco Central Europeu já mudou a taxa de juros duas vezes esse ano. REUTERS/Kai Pfaffenbach/Files
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Contrariando a expectativa dos mercados, o BCE decidiu hoje manter inalterada sua taxa de juros em 1,5%. Esta foi a última reunião do BCE presidida pelo francês Jean-Claude Trichet, antes de ele passar o cargo para o italiano Mario Draghi, no dia 1° de novembro.

Os mercados esperavam uma redução na taxa de juros do BCE para estimular o crescimento e evitar uma recessão na  zona do euro, mas a autoridade monetária europeia optou pela prudência, a fim de evitar um aumento da inflação. 

A reunião do BCE em Berlim aconteceu no mesmo dia em que a chanceler alemã Ângela Merkel e o ministro francês das Finanças, François Baroin, se encontram com os chefes do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial para falar da recapitalização dos bancos.

Crise bancária

A União Europeia incita cada país a avaliar seu risco bancário e preparar medidas a serem colocadas em prática ao menor sinal de perigo. Por enquanto, Bruxelas se encarregará apenas de coordernar os esforços nacionais de recapitalização dos bancos.

O sinal de alarme soou após a reunião dos ministros de Finanças da zona do euro no início da semana, onde vários países se mostraram pouco preparados para lidar com um novo período de turbulência bancária. Por ser a nação mais rica do bloco, a Alemanha teme ter de pagar a conta no final. Assim, Angela Merkel deu ontem o exemplo, afirmando que "os bancos alemães têm que se tentar se recapitalizar sozinhos e, se não são capazes de fazer isso, o Estado vai entrar em jogo". Em último caso, o fundo de ajuda ampliado da União Europeia, que ainda deve ser aprovado pelos parlamentos nacionais da zona do euro, prevê a possibilidade de recapitalizar os bancos.

Segundo o jornal Le Figaro desta quinta-feira, o governo francês já está trabalhando há alguns dias em um plano que permitiria ao Estado francês entrar no capital de estabelecimentos financeiros, em caso de necessidade. Mas o ministério da Economia da França, que teme alimentar a desconfiança dos mercados, continua a afirmar que nenhum plano de recapitalização esta sendo estudado.

Paralelamente, a chanceler Angela Merkel preside uma reunião com o ministro francês das Finanças, François Baroin, com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. A recapitalização dos bancos também estará no centro das discussões.

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