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Economia/Europa

Irritado, Sarkozy diz que plano europeu é "única saída para dívida da Grécia"

O presidente francês deixou claro que não apreciou a atitude do primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, que anunciou um referendo para janeiro de 2012 sobre o plano de ajuda fechado na semana passada, em Bruxelas, pelos países da zona do euro. A dois dias da abertura da cúpula do G20, França e Alemanha convocam reunião de urgência nesta quarta-feira, em Cannes.

Sarkozy fez uma rápida declaração à imprensa, depois de falar com Angela Merkel por telefone.
Sarkozy fez uma rápida declaração à imprensa, depois de falar com Angela Merkel por telefone. Reuters
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Visivelmente irritado, o presidente francês Nicolas Sarkozy fez uma breve declaração à imprensa na noite desta terça-feira, no pátio do Palácio do Eliseu. Sarkozy não deixou de lembrar que o premiê grego surpreendeu toda a Europa ao anunciar o referendo e insistiu que o plano adotado pelos 17 países da zona do euro, que reduz pela metada a dívida grega, "é a única saída possível para resolver a crise da dívida da Grécia". Reconhecendo que é legítimo dar voz ao povo, o presidente lembrou que a solidariedade de todos os países da zona do euro não pode ser exercida se cada um não aceitar fazer os esforços necessários.

Reunião de urgência, na véspera do G20

Antes de falar à imprensa, Sarkozy conversou por telefone com a chanceler alemã Angela Merkel. Inflexíveis, França e Alemanha rejeitam a ideia do referendo e pretendem pressionar o premiê grego para que o acordo fechado na semana passada, em Bruxelas, seja aplicado rapidamente.

Os dois dirigentes convocaram uma reunião de urgência em Cannes, nesta quarta-feira, na véspera da abertura do G20. Além da Sarkozy e Merkel, participarão as instituições europeias, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e o autor do "terremoto", o próprio Georges Papandreou.

Bolsas europeias fecham em queda vertiginosa

O anúncio do referendo causou a queda vertiginosa das principais Bolsas europeias, começando por Atenas (- 6,92%). Igualmente no vermelho, Paris (-5,38%), Frankfurt (- 5%) , Milão (-6,8%), Madri (-4,19%) , Zurique  (-2,49%) e Londres (-2,21%).

Os bancos franceses, os mais vulneráveis à crise grega, também ressentiram a repercussão do referendo. Société Générale (-17,09%), Crédit Agricole (-13,59%) , BNP Paribas (-14,29%)  e AXA (-13,38%) registraram as quedas mais fortes do CAC 40. Outros bancos estrangeiros também sofreram baixas fenomenais como o Barclays de Londres (-10,54%), o Commerzbank de Frankfurt (10,71%) e o Intesa Sanpaolo de Milão (15,41%).

Nos Estados Unidos, Wall Street abriu em forte baixa, começando a operar com menos 2,15%.
 

 

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