Strauss-Kahn é alvo de protestos em visita a universidade na Inglaterra
A ida de Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), na noite desta sexta-feira à Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde realiza uma conferência sobre o estado da economia mundial, provocou uma onda de protestos
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A convite da associação de estudantes “Cambridge Union Society” ele deve falar para um auditório lotado sobre o estado da economia mundial. A escolha do político francês envolvido em diversos escândalos sexuais causou a revolta da seção mulheres do sindicato "Cambridge University Student's Union", (CUSU). O grupo resolveu lançar uma petição, realizar manifestações e organizar uma contra-conferência.
Para isso, trouxeram para apresentar uma palestra na universidade de direito, Douglas H. Wigdor, advogado de Nafissatou Diallo, mulher que acusou o ex-ministro socilista de agressão sexual, em maio do ano passado. De acordo com o sindicato, "abrir espaço para que Strauss-Kahn fale de economia, ignorando as investigações em curso, significa deixar de lado questões e contribuir para alimentar uma cultura de silêncio e vergonha que cerca o estupro".
Os muros da associação de estudantes amanheceram pichados nesta sexta-feira com os dizeres “morra DSK” ou “as mulheres merecem melhor”. Dois jovens foram detidos pela polícia no local.
Já a associação que foi alvo dos protestos garante que não irá retirar o convite que fez ao político e alega que a decisão não implica uma aprovação ou apoio direto à Strauss-Kahn.
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