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Grécia/Legislativas

Grécia caminha para novo impasse, segundo pesquisas de boca de urna

Pesquisas de boca de urna divulgadas logo após o encerramento da votação na Grécia apontam diferença de 0,5% a 1% entre o partido conservador Nova Democracia, pró-europeu, e a esquerda radical do Syriza, que promete romper com as medidas de austeridade impostas pelo FMI e a União Europeia em troca de ajuda financeira ao país.

Reunidos em uma praça no centro de Atenas, simpatizantes do Syriza celebram as projeções favoráveis à esquerda radical divulgadas pela televisão neste domingo, 17 de junho de 2012.
Reunidos em uma praça no centro de Atenas, simpatizantes do Syriza celebram as projeções favoráveis à esquerda radical divulgadas pela televisão neste domingo, 17 de junho de 2012. REUTERS/John Kolesidis
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Pesquisa conjunta realizada por cinco institutos aponta os conservadores do Nova Democracia com 27,5% a 30,5% dos votos, contra 27% a 30% do Syriza. Outra projeção do canal de TV Skai mostra a esquerda radical na frente com 31% dos votos, contra 30% para os conservadores. Por causa do resultado apertado, o instituto Kapa preferiu não divulgar suas projeções.

O partido socialista Pasok é creditado com 10% a 12% dos votos e a esquerda democrática com 5,5% a 6,5%. O partido neonazista Amanhecer Dourado teria obtido desta vez de 6% a 7,5% dos votos, praticamente a mesma votação da eleição de 6 de maio, em que os extremistas de direita surpreenderam, entrando pela primeira vez no parlamento grego.

Nenhuma pesquisa dá maioria para um partido, o que abre caminho para a formação de um governo de coalizão, o mesmo cenário já visto na votação de maio.

Em Atenas, a votação foi marcada por um incidente. A polícia encontrou duas granadas, que não explodiram, em frente à sede do grupo de imprensa de direita Skai, de propriedade de uma família de ricos armadores gregos.

Os gregos perderam o medo, diz Tsipras

Certo de que obterá a vitória, o líder da esquerda radical Alexis Tsipras, 37 anos, votou num bairro popular da capital. Cercado de jornalistas, ele declarou que os gregos perderam o medo e com a esquerda radical "uma nova via se abre na Grécia, com justiça social e em pé de igualdade com uma Europa em transformação".

Seu rival conservador Antonis Samaras, 61 anos, votou em seu reduto eleitoral de Messina, no Peloponeso, e afirmou que uma nova era está começando para os gregos. Ontem, Samaras havia advertido que o abandono das medidas de austeridade iria colocar a Grécia numa situação econômica calamitosa.

Os líderes europeus pediram aos gregos que não elejam a esquerda radical para continuar na zona do euro. A chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a repetir no sábado que as condições dos empréstimos de 340 bilhões de euros concedidos pelo FMI e a União Europeia à Grécia, com 107 bilhões de euros de dívidas perdoadas, não serão renegociados.

Os principais bancos centrais do mundo estão em estado de alerta para se proteger de uma possível tempestade nos mercados financeiros, caso a extrema-esquerda vença as eleições na Grécia.

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