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Grécia/Crise

Grécia pede prazo de dois anos para aplicar plano de rigor

O novo governo de coalizão grego pediu um prazo de dois anos para aplicar o plano de rigor imposto pelos credores internacionais. Atenas também quer limitar o número de demissões de funcionários públicos e pretende rever os cortes salariais feitos no setor privado no início do ano. Os credores internacionais retomam as discussões sobre o plano de ajuda na segunda-feira. 

Premiê grego Antonis Samaras durante entrevista à imprensa em Atenas.
Premiê grego Antonis Samaras durante entrevista à imprensa em Atenas. REUTERS/Yorgos Karahalis
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O pedido do novo governo grego foi feito em um documento oficial divulgado nesse sábado. No texto, Atenas insiste para que seja feita uma revisão no plano de rigor imposto pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI). A equipe do novo primeiro-ministro conservador Antonis Samaras pede um prazo suplementar de “pelo menos dois anos” para implementar as reformas de ajustes orçamentários.

O governo justifica esse pedido alegando que o objetivo do plano de rigor é reduzir o déficit do país “sem acrescentar novos cortes nos salários, nas pensões e nos investimentos públicos”. O documento também anuncia o congelamento das demissões de funcionários do Estado e uma revalorização do seguro-desemprego.

A nova administração grega também vai reavaliar as reduções do salário mínimo e as medidas tomadas no início do ano para favorecer as demissões no setor privado. A remuneração mínima nas empresas privadas sofreu um corte de 22% e foi fixada em 596 euros em fevereiro, como parte de uma pacote de medidas destinadas a acompanhar o segundo plano de ajuda internacional à Grécia. O corte nas despesas do país era a principal exigência para que Atenas continuasse recebendo a ajuda internacional indispensável para evitar a falência e uma possível saída da zona do euro.

Os inspetores da Troïka de credores do país, formada pela União Europeia, Banco Central Europeu e FMI, devem retornar a Atenas a partir da próxima segunda-feira. A missão pretende retomar as negociações suspensas após dois meses de incertezas políticas no país.

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