Autoridades esperam começar hoje a controlar incêndios florestais

O incêndio que já fez quatro vítimas e atinge desde domingo o noroeste da Espanha, nas proximidades da fronteira com a França, continua ativo, segundo um porta-voz dos bombeiros da Catalunha, mas pela primeira vez as autoridades demonstraram otimismo em controlar as chamas. Nesta terça-feira de manhã, o ministro catalão do Interior, Felip Puig, disse esperar “entrar em uma fase de controle durante o dia”.

Floresta queima durante incêndio na província espanhola de Girona, nesta segunda-feira. REUTERS/Albert Gea

Os 25 aviões e helicópteros que jogavam água no local tiveram que pousar na noite de ontem devido aos fortes ventos, mas voltaram ao trabalho na manhã de hoje. Nesta terça-feira, a fumaça era visível até em Barcelona, que está a 150 quilômetros ao sul da fronteira. A cidade também foi tomada por um cheiro de queimado.

Mas a boa notícia é que o incêndio não progrediu desde ontem, após ter destruído 13,8 mil hectares de vegetação. “Estamos razoavelmente otimistas”, afirmou o ministro catalão. Ele argumetou que hoje as condições meteorológicas estão mais favoráveis, com uma baixa nas temperaturas, aumento da humidade do ar e ausência de ventos. Cerca de 1,5 mil pessoas, entre bombeiros, policiais, militares, guardas costeiros e voluntários, lutam para controlar os incêndios.

Milhares de habitantes receberam ordens de ficar confinados em suas casas, em 17 cidades. Outros foram acolhidos em centros de emergência, principalmente em Figueres, a aproximadamente 20 quilômetros ao sul da fronteira com a França. A cidade amanheceu sob uma nuvem de fumaça e um forte cheiro de queimado. Outro incêndio, na região de Port Bou, uma localidade na costa mediterrânea espanhola, foi controlado.

O problema se iniciou no domingo, na cidade franco-espanhola de Perthus, antes de se alastrar para La Junquera e à região catalã de Alt Emporda. Três pessoas morreram no domingo: um espanhol de 75 anos, e um francês e sua filha de 15 anos, que se jogaram ao mar para tentar escapar das chamas em Port-Bou, no Mediterrâneo. A quarta vítima, outro francês, morreu na segunda-feira.