Holandês assume o comando do Eurogrupo nesta segunda

O novo presidente do Eurogrupo, que reúne os 17 ministros de Finanças da zona do euro, será nomeado nesta segunda-feira. O cargo é considerado estratégico em um período de profunda crise econômica na Europa.

O atual presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker (esq), e o ministro das Finanças da Holanda, Jeroen Dijsselbloem. REUTERS/Laurent Dubrule

Para substituir Jean Claude Juncker, que ocupava a presidência desde a criação do grupo em 2005, o ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, de 46 anos, deve ser confirmado no cargo.

Único candidato à sucessão de Junker, Disselbloem apareceu como um nome ideal por vir de um país que ainda mantém a nota máxima AAA das agências internacionais de rating, além de apoiar a política de austeridade da Alemanha mesmo sendo um social-democrata, o que o aproxima do governo socialista da França. Segundo analistas, outro ponto a seu favor é que ele é pouco conhecido dos políticos e da mídia, mesmo na Holanda. Ele só assumiu a pasta das Finanças do seu país em novembro do ano passado.

Ao chegar para a reunião em Bruxelas, Juncker declarou que sentia “certa melancolia, mas sobretudo alívio” ao deixar o cargo. O ministro holandês também deu declarações: “Quero agradecer a Juncker pelo seu trabalho no Eurogrupo e por todos os conselhos que ele me deu, já que sou um novato nesse mundo das finanças”, disse Dijsselbloem.

A primeira reunião do ano Eurogrupo também discutirá outros temas além da aprovação do nome de Disselbloem. Segundo o jornal espanhol "El País", os países que têm sofrido com a imposição de duras medidas de austetidade devem pedir uma flexibilização nas políticas de rigor. De acordo com o jornal português "Diário Económico", a reunião de hoje poderia tratar também da aplicação de condições mais vantajosas de financiamento do programa de ajuda para Portugal.

A Espanha também estará na mesa de negociações. Hoje os ministros do Eurogrupo devem aprovar a segunda parcela de ajuda financeira a Espanha no valor de 1,8 bilhão de euros. Os recursos são destinados ao setor bancário espanhol.