Ministra da Educação da Alemanha renuncia após acusação de plágio

A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou neste sábado a renúncia de Annette Schavan, sua ministra da Educação e amiga pessoal, acusada de plagiar sua tese de doutorado. "Annette Schavan apresentou sua renúncia e eu aceitei com o coração partido", declarou Merkel em uma coletiva de imprensa na chancelaria em Berlim.

A chanceler alemã Angela Merkel (à direita) chega para entrevista coletiva de renúncia da ministra da Educação, Annette Schavan, acusada de ter plagiado sua tese de doutorado. REUTERS

Na terça-feira, Schavan perdeu seu doutorado. A Universidade de Dusseldorf (oeste) descobriu que a ministra havia "sistemática e deliberadamente" enganado a instituição ao escrever sua tese em filosofia. "Eu não aceitarei esta decisão e vou apresentar uma queixa", afirmou Annette Schavan em um comunicado.

Há vários dias, a oposição e a imprensa pediam a renúncia de Schavan, que também detinha a pasta de Pesquisa. Para evitar um impacto negativo do caso na campanha eleitoral alemã, cujas legislativas estão marcadas para setembro, a ministra decidiu se demitir, e contou com o apoio do governo e da CDU, o partido conservador de Merkel.

Como substituta, a chanceler sugeriu o nome de Johanna Wanka, ministra da Cultura, da Ciência e Tecnologia do Estado regional de Brandenburgo (leste) de 2000 a 2009 e ministra da Ciência e da Cultura da Baixa Saxônia (centro) desde abril de 2010.

O título de "doutor" é muito respeitado na Alemanha, assim como em outros países germânicos. Este título é sempre mencionado em sua identidade. A chanceler é apresentada como "Sra. Dra. Angela Merkel", referindo-se a seu doutorado em ciências naturais. E Annette Schavan era "Sra. Profa. Dra."