Eleitores vão às urnas neste domingo para legislativas na Itália

Na Itália, a população se prepara para as as eleições legislativas deste domingo. No total, mais de 47 milhões de eleitores vão às urnas escolher os representantes do Parlamento, e mais de 13 milhões também votarão nas eleições regionais. Os locais de votação abrem a partir das 7h amanhã, e das 6h às 14h na segunda. As pesquisas indicam o favoritismo de Pier Luigi Bersani, líder da coalizão de esquerda, com 34% das intenções de voto.  

Pier Luigi Bersani, do Partido Democrata, é apontado como favorito nas legislativas da Itália Foto: Reuters

Em um contexto de grave crise, a Itália vai às urnas neste domingo escolher seus novos representantes.O líder da coalizão de esquerda, Pier Luigi Bersani, do Partido Democrata, é dado como favorito no pleito.  A coalizão de direita de Silvio Berlusconi, que reúne seu partido, o PDL (Partido do Povo e da Liberdade), e a Liga do Norte, teriam 30% das intenções de votos.

O ex-premiê italiano, que ficou 17 anos no poder, concorre pela sua legenda, mas tem poucas chances de voltar ao poder. Envolvido em diversos escandâlos de corrupção e acusado de prostituição de menores e abuso de poder, ele foi substituído pelo governo técnico de Mario Monti, no auge da crise, em 2011. Mesmo aclamado pela comunidade internacional, Monti é considerado extremamente impopular por conta dos planos de corte de gastos aplicados a pedido de Bruxelas para diminuir o déficit público e evitar uma derrocada ainda maior da economia do país. Ele chega em último lugar nas sondagens, com 13,6% das intenções de voto. Sua colalizão deve obter, entretanto, os menos de 8% necessários para obter cadeiras no Senado como representantes de algumas regiões.

Comediante tem 17% das intenções de voto

Outra surpresa dessas eleições é a candidatura do comediante Beppe Grillo, que teria cerca de 17% da preferência do eleitorado. Seu comício reuniu 5 milhões de pessoas nesta sexta-feira no centro de Roma. Mas segundo especialistas, ainda pode haver várias reviravoltas nessas eleições. Ainda há 10% de indecisos, e a taxa de abstenção deve girar em torno de 20%, o que torna o resultado final quase imprevisível.

O principal desafio do novo chefe de governo italiano será relançar a economia do país, que registra atualmente uma taxa de desemprego de 11% da população ativa, e de 37% entre os jovens de menos de 25 anos. A expectativa é de que o PIB do país tenha uma contração de 1% neste ano, de acordo com recentes previsões da União Europeia. A grande preocupação dos europeus é que as divisões políticas no Parlamento prejudiquem a governabilidade do país.

Paralemente às legislativas, os eleitores de três regiões (Lombardia, Lácio e Molise) vão eleger seus novos presidentes amanhã,  depois dos escândalos que acarretaram a demissão prematura de seus dirigentes de direita.

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