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Espanha/Crise

Manifestantes tomam as ruas de Barcelona e Madri contra austeridade

Milhares de manifestantes foram à ruas das duas principais cidades da Espanha, neste domingo(10) para protestar contra o desemprego e as medidas econômicas do governo espanhol. O movimento, liderado pelos principais sindicatos espanhóis, também foi organizado em outras 60 cidades. País tem taxa de desemprego de 26%.

Manifestantes tomaram as ruas de Madri e Barcelona contra política de austeridade aplicada pelo governo espanhol
Manifestantes tomaram as ruas de Madri e Barcelona contra política de austeridade aplicada pelo governo espanhol REUTERS/Albert Gea
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Segundo os manifestantes, o objetivo das grandes passeatas nas duas principais cidades do país é provocar uma mudança radical e urgente na política econômica da Espanha e da Europa.

O governo espanhol, por meio de cortes de gastos públicos e aumento de impostos tenta impedir o avanço da recessão, que foi de 1,4% em 2012 e reduzir o desemprego, que já atinge 26% da população ativa da Espanha.

Aos gritos de "Governo, demissão", milhares de funcionários públicos, do setor de transportes, médicos e enfermeiras se uniram em passeata que percorreu as principais ruas da capital espanhola. Os dois maiores sindicatos da Espanha, a UGT e a CCOO convocaram os espanhóis para protestarem em mais de 60 cidades. Em Barcelona, faixas contra o desemprego e pela renovação da democracia foram distribuidas às centenas.

"Os nossos problemas atuais não podem ser resolvidos somente pela mudança de políticas econômicas", afirmou a enfermeira Pilar Gomez, de 52 anos, que saiu às ruas de Madri envolvida pela bandeira da Espanha. "Eles batem forte em todos os cidadãos com esses cortes de gastos na educação, na saúde e nos serviços sociais", concluiu outra manifestante, que não quis ser identificada. Na capital da Catalunha, manifestantes pediam "pão e teto à preço justo".

As manifestações organizadas por sindicatos e movimentos de cidadãos independentes se multiplicam na Espanha, contra a política de austeridade aplicada há mais de um ano pelo governo de direita de Mariano Rajoy. Diversos casos de corrupção atribuiídos ao Partido Popular e até mesmo à Família Real da Espanha alimentam o descontentamento da opinião pública do país.

Com o intuito de estabilizar as contas públicas e, sob pressão dos países da zona do euro, o governo espanhol lançou um plano de austeridade severo, para economizar 150 bilhões de euros em três anos, até o fim de 2014. O plano alia alta de impostos e cortes do orçamento, sobretudo nos setores do funcionalismo público, da saúde e da educação. Apesar da grande oposição ao plano de austeridade, o governo espanhol comemora timidamente e começa a ver uma luz no fim do túnel. O déficti público foi reduzido a 6,7% do PIB em 2012, contra 9,4% em 2011.

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