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Papa

Entenda como surge o nome de um novo papa

O cardeal eleito papa poderá escolher, segundo a tradição da Igreja Católica, o nome que marcará o seu pontificado: A versão em latim do seu nome de batismo, o nome de um antecessor ou de um santo são as opções mais indicadas para a escolha daquele que será o 266º papa.

Objetos guardados na Capela Sistina, à espera de serem utilizados pelo próximo papa
Objetos guardados na Capela Sistina, à espera de serem utilizados pelo próximo papa REUTERS/Osservatore Romano
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O sucessor do apóstolo Pedro escolhe o seu nome asssim que é eleito, perante o colégio de cardeais que participou do conclave. Ao ser questionado pelo decano se aceita a escolha como novo papa, o pontífice é então apresentado ao público, na Praça São Pedro. Antes de ser anunciado, o Cardeal Protodiácono (o mais velho da ordem dos cardeais-diáconos), lê a famosa frase: " Eu vous anunciou uma grande notícia, nós temos uma papa... o eminentíssimo e reverendíssimo senhor (nome em latim), cardeal(sobrenomeem latim), da Santa Igreja Romana, o qual escolheu o nome de (nome escolhido para o novo papa). Neste ano, o francês Jean-Louis Tauran, de 70 anos, dirá para o mundo o nome do novo Bispo de Roma.

O Papa João Paulo I, eleito em 1978, cujo pontificado durou apenas 33 dias, escolheu carregar dois nomes juntos. O gesto foi um agradecimento à herança deixada pelos seus antecessores, João 23 e Paulo VI. João Paulo II, que o sucedeu em outubro de 1978, explicou a sua escolha dizendo que gostaria de se alinhar ao trajeto dos papas anteriores. "Este pontificado, já que durou apenas 33 dias, deve recomeçar do mesmo ponto de partida", escreveu o polonês em sua primeira encíclica.

Quanto ao cardeal Joseph Ratzinger, ele escolheu o nome de Bento XVI em referência a Bento XV, o papa da paz, que liderou a Igreja durante a Primeira Guerra Mundial. Dessa forma, o cardeal eleito é livre para escolher o nome que maracará o seu pontificado. Ele pode usar o seu nome em latim, bem como prestar uma homenagem a um santo muito venerado na Igreja Católica. Outras razões pessoais podem justificar a escolhar, como foi o caso de João 23, que escolheu seu nome em homenagem ao pai. No início da história papal,os pontífices usavam os nomes de batismo, até o fim do primeiro milênio. No ano 996 Gregório V decide abandonar o seu nome de batismo(Bruno).

Outra tradição quanto aos nomes papais: os eleitos evitam adotar o nome de Pedro(o apóstolo que, segundo a Igreja, se tornou o primeiro Papa, designado por Cristo). Somento Simão Pedro, papa morto no ano 64, como mártir, ousou fugir à regra. A adoção do nome Pedro é considerado um tabu dentro do Vaticano.

Os nomes que mais vezes foram escolhidos para designar um papa são: João(21 vezes), Gregório(16 vezes), Clemente e Bento(15), Leão e Inocêncio(13) e Pio (12).

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