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Itália/Política

Líder da coalizão de esquerda é encarregado de formar governo na Itália

O presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, encarregou nesta sexta-feira o chefe da coalizão de esquerda, Pier Luigi Bersani, de formar o novo governo. "Dei a Bersani a tarefa de verificar a existência de um apoio parlamentar certo a um governo", declarou Napolitano à imprensa. A missão não será fácil, pois as eleições legislativas de final de fevereiro na Itália não resultaram em nenhuma maioria clara.

Pier Luigi Bersani, líder da coalizão de esquerda, foi encarregado nesta sexta-feira, 22 de março de 2013, de formar o novo governo da Itália.
Pier Luigi Bersani, líder da coalizão de esquerda, foi encarregado nesta sexta-feira, 22 de março de 2013, de formar o novo governo da Itália. Reuters
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A coalizão de esquerda obteve maioria absoluta da câmara dos deputados, mas tem somente uma maioria relativa no Senado. Para poder governo, o presidente do conselho italiano - cargo equivalente ao de primeiro-ministro - deve ter o apoio das duas câmaras, que têm o mesmo peso na vida política.

Pier Luigi Bersani tem se esforçado em vão desde as eleições legislativas para obter no Senado o apoio do Movimento 5 Estrelas, que reuniu o voto de contestação e ficou em terceiro lugar, atrás da coalizão de direita de Berlusconi.

Seu líder, o ex-cômico Beppe Grillo, rejeitou várias vezes suas propostas de aliança. A última vez foi na quinta-feira, durante uma reunião com o presidente Giorgio Napolitano, ao qual ele confirmou que seu partido não apoiaria um governo encabeçado por Bersani.

O ex-premiê Silvio Berlusconi propõe diariamente "uma grande coalizão no interesse do país" com Bersani, mas esse último rejeita com a mesma regularidade qualquer ideia de aliança com a direita.

O líder da esquerda vai tentar reunir uma maioria de parlamentares, inclusive no Senado, baseado em um programa de oito pontos que contém várias reivindicações já feitas pelo Movimento 5 Estrelas.

O grande temor da direita é ficar totalmente marginalizada no cenário político no caso de um acordo, mesmo provisório, entre a esquerda o movimento de Beppe Grillo. Por isso ela tenta apresentar seu apoio como sendo indispensável ao país e a Bersani.

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