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Espanha/Acidente de trem

Juiz espanhol questiona segurança de linha onde trem descarrilou

O juiz encarregado da investigação sobre o acidente de trem que fez 79 mortos no dia 24 de julho no noroeste da Espanha decidiu nesta terça-feira, 20 de agosto de 2013, indiciar "a ou as pessoas da Adif", empresa que administra o sistema ferroviário espanhol, responsáveis pela segurança das vias.

O trem descarrilou pouco antes de chegar a Santiago de Compostela fazendo 79 mortos e quase 180 feridos no dia 24 de julho de 2013.
O trem descarrilou pouco antes de chegar a Santiago de Compostela fazendo 79 mortos e quase 180 feridos no dia 24 de julho de 2013. REUTERS/Miguel Vidal
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"O maquinista certamente é responsável pela condução e pelo guiamento do trem (...) mas era claramente previsível que um momento de desatenção podia provocar um acidente de alto risco para as vidas e a integridade dos passageiros", enfatiza o juiz em sua decisão.

Segundo ele, é preciso saber se existem fatos que podem ser reprochados aos operadores que devem garantir a segurança e que talvez não tenham fornecido informações suficientes sobre as vias.

O magistrado aponta que "houve uma omissão de medidas elementares por parte daqueles que têm como missão garantir a segurança da circulação ferroviária nessa linha, constitutiva de uma imprudência repreensível", o que significa que a sinalização era insuficiente.

O juiz decidiu "ouvir como indiciados a ou as pessoas da Adif responsáveis da segurança da circulação da linha ferroviária que liga as estações de Orense e de Santiago de Compostela".

A data de convocação será especificada futuramente, quando a Adif tiver comunicado o nome dessas pessoas, especificou ele.

A investigação judicial tenta entender como o trem descarrilou a 179 km/h em um trecho onde ele devia estar a 80 km/h, enquanto o maquinista tinha acabado de terminar uma comunicação telefônica com o controlador do trem.

O acidente, que fez 79 mortos e quase 180 feridos, aconteceu em uma curva muito fechada, a quatro quilômetros de Santiago de Compostela, em um trecho que não é equipado de sistema automátido de freagem.

O maquinista, Francisco José Garzon Amo, foi indiciado por 79 homicídios por imprudência. A Adif, assim como a companhia ferroviária pública, rejeitou qualquer culpa e afirmou que todos os procedimentos haviam sido respeitados.

No dia 9 de agosto, a ministra espanhola do Equipamento, Ana Pastor, anunciou um "exame geral" de toda a rede ferrovi?ria a fim de melhorar a segurança após o drama.

 

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