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Homossexualidade/Discriminação

Gays boicotam marca italiana de pasta após declarações homofóbicas

Guido Barilla, presidente do grupo italiano que leva seu nome, número 1 do mercado mundial de massa, afirmou que jamais colocaria casais homossexuais nas suas propagandas. Essas declarações feitas em uma entrevista a uma rádio italiana provocaram na Itália uma onda de protestos e apelos ao boicote. O caso teve repercussão na imprensa mundial e nas redes sociais.

Foto de arquivo da escola de culinária da marca Barilla em Parma, na Itália.
Foto de arquivo da escola de culinária da marca Barilla em Parma, na Itália. Reuters
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"Eu jamais faria uma propaganda com uma família de homossexuais, não por falta de respeito mas porque não estamos de acordo com eles. Nós ainda acreditamos em uma família clássica na qual a mulher tem um papel fundamental", declarou Guido Barilla na quarta-feira.

Na entrevista, o empresário de 55 anos se disse contrário à adoção por casais homossexuais mas favorável ao casamento gay. "Se os gays gostam da massa e das nossas propagandas, eles comerão a nossa massa, se eles não gostam, eles escolherão uma outra marca", acrescentou.

Aurelio Mancuso, responsável pelo grupo de defesa dos homossexuais "Equality Italia", denunciou uma "provocação insultante" e pediu um boicote à marca Barilla. "Aceitamos o convite do proprietário da Barilla para não comer suas massas", disse ele.

Na quinta-feira, Guido Barilla divulgou um comunicado para apresentar suas desculpas, explicando que ele quis "somente enfatizar o papel central da mulher na família".

O grupo Barilla é um dos maiores anunciantes da Itália. Por muitos anos a marca tem usado a imagem de uma família feliz vivendo uma versão idealizada do campo, com o slogan: "Onde há Barilla, há um lar."

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