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Itália/Berlusconi

Berlusconi perde mandato de senador e se torna inelegível

Sílvio Berlusconi perdeu nesta quarta-feira seu cargo de senador e se tornou inelegível pelos próximos seis anos. Depois de uma condenação por fraude fiscal, o ex-primeiro-ministro italiano, que esteve no centro da cena política italiana dos últimos 20 anos, teve o fim de seu mandato decretado pelo voto de seus colegas senadores. Mesmo com o resultado, ele afirmou diante de seus partidários que "não vai se retirar em um convento" e que vai "continuar a lutar".

O ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não poderá se candidatar a cargos públicos pelos próximos seis anos..
O ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não poderá se candidatar a cargos públicos pelos próximos seis anos.. REUTERS/Tony Gentile
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A decisão que garante a saída de Berlusconi é o resultado de uma lei italiana que prevê a exclusão de todo político condenado a mais de 2 anos de prisão no país. O italiano de 77 anos foi condenado a quatro anos, depois reduzidos a um ano no caso Mediaset.

Em um comunicado divulgado nesta noite, sua filha mais velha Marina, tida como sua sucessora política, afirma que seu pai perde o cargo de senador, mas não o de dirigente político. O ex-primeiro-ministro italiano continuará líder do partido Força Itália, que em caso de eleições antecipadas teria, com seus aliados de direita, entre 34,5% e 37% dos votos, contra de 31% a 33% para a coalizão de centro-esquerda, de acordo com pesquisas recentes.

Mesmo sem a sua imunidade parlamentar, o advogado de Berlusconi garante que ele não poderia ser preso em um dos processos em que pesam sobre ele, graças ao "seu poder político e sua idade".

Mais cedo, partidários de Berlusconi se reuniram em frente a residência do político em Roma levando cartazes com os dizeres "O Cavalière, mártir da liberdade". Três telões mostravam momento importantes do ex-dirigente italiano, que fez sua entrada na carreira política em 1994, enquanto senadoras vestidas com roupas pretas afirmavam que este era  "um dia de luto para o país".  Já seus opositores, reunidos pelo coletivo "Povo Lilas", estouravam garrafas de champanhe na capital e pediam a "desberlusconização do país".
 

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