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Ucrânia/Crise

EUA enviam representante a Kiev para pressionar Yanukovitch

Victoria Nuland, secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos, chegou hoje (6) a Kiev para pressionar o governo do presidente Viktor Yanukovitch a encontrar uma solução pacifica para a crise política no país. Moscou acusou a representante americana de “estar chantageando” a Ucrânia. Um opositor foi ferido hoje com a explosão de um pacote enviado aos manifestantes.

Ativistas contrários ao governo ucraniano manifestam-se em Kiev.
Ativistas contrários ao governo ucraniano manifestam-se em Kiev. REUTERS/Valentyn Ogirenko
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A explosão aconteceu na Casa dos Sindicatos, transformada em Quartel General da oposição ucraniana pró-europeia, em Kiev. Um opositor, não identificado, estava abrindo os pacotes enviados para ajudar os manifestantes quando um deles, etiquetado como “remédios”, explodiu. Ele teve a mão arrancada. A polícia de Kiev confirmou apenas a hospitalização de um homem com a mão e o rosto feridos por uma explosão.

Representante americana

Victoria Nuland, secretária de Estado adjunta dos Estados Unidos, se encontrou hoje em Kiev com os principais líderes da oposição. O principal ponto das discussões foi a reforma constitucional exigida pelos opositores para reduzir os poderes de Yanukovitch, que está sendo debatida no Parlamento. A secretária de Estado adjunta americana se reuniu também com presidente ucraniano. Ele disse que deseja a reforma constitucional reivindicada pela oposição.

Sua visita a Kiev acontece na véspera do encontro entre Viktor Yanukovitch e o presidente russo, Vladimir Putin, previsto para amanhã em Sochi. Moscou ameaçou cortar ajuda financeira de US$ 15 bilhões prometida ao país, caso o governo mude sua política e se reaproxime da União Europeia. O Kremlin também acusou os Estados Unidos de “fazer chantagem” com a Ucrânia e de financiar os “rebeldes” no país.

Ontem, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, já havia se encontrado com autoridades ucranianas buscando uma saída para a crise iniciada em novembro, depois que o governo do presidente Yanukovitch suspendeu a assinatura de um acordo de aproximação com a União Europeia.

Sanções

Os eurodeputados votaram hoje em Estrasburgo uma resolução pedindo que a União Europeia imponha sanções contra os dirigentes ucranianos, responsáveis pela escalada da violência no país. Diplomatas e vários dirigentes europeus são reticentes em relação a essa medida. A pertinência das sanções será debatida durante a cúpula dos ministros europeus das Relações Exteriores, na próxima segunda-feira, em Bruxelas.
 

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