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Ucrânia/crise

Premiê ucraniano vai aos EUA discutir a situação na Crimeia

O primeiro-ministro do governo de transição da Ucrânia, Arseni Iatseniuk, anunciou neste domingo (9) que irá aos Estados Unidos nesta semana para  discutir sobre a crise na Criméia. A Assembleia Legislativa local convocou para o próximo dia 16 de março um referendo. Em conversa por telefone neste domingo com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o premiê britânico, David Cameron, o presidente russo, Vladimir Putin, defendeu o referendo.

Nacionalistas ucranianos participam de comemoração do bicentenário do nascimento poetaTaras Sevchenko na Crimeia.
Nacionalistas ucranianos participam de comemoração do bicentenário do nascimento poetaTaras Sevchenko na Crimeia. REUTERS/Thomas Peter
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No próximo dia 16, os eleitores da Crimeia terão se escolher se desejam a anexação da península ucraniana à Rússia ou se desejam uma maior autonomia.

Apesar dos diferentes pontos de vista, Putin, Merkel e Cameron concordam que é preciso tomar medidas para amenizar as tensões na região, informou o Kremlin. Para o presidente russo, as medidas do parlamento da Crimeia respeitam o direito internacional e visam proteger os interesses da população, majoritariamente de origem russa.

Sem anunciar a data exata da viagem nem o programa, o premiê ucraniano, Arseni Iatseniuk, informou que irá aos Estados Unidos nos próximos dias. “Irei para discussões de alto nível a fim de resolver a situação [na Crimeia]”.

Neste domingo, ele manteve um discurso firme em relação à Rússia. “Esta é nossa terra. Não cederemos nem um centímetro. Que a Rússia e seu presidente saibam disso”. O premiê discursou em Kiev durante a comemoração do 200º aniversário do nascimento do poeta e herói nacional ucraniano Taras Sevchenko.

Na Crimeia, uma outra cerimônia em homenagem a Sevchenko foi marcada pela violência. Neste domingo (9), militantes pró-russos e simpatizantes do governo central ucraniano se enfrentaram nas ruas de Sebastopol. Os manifestantes pró-ucranianos cantavam o hino do país e entoavam palavras de ordem contra a “ocupação russa”. Cartazes escritos em russo e na língua ucraniana pediam “união”e “paz” em todo o país.

Mas cerca de cem homens encapuzados e portando cassetetes e chicotes atacaram os seguranças que protegiam os participantes da cerimônia de comemoração do bicentenário do poeta ucraniano. O número de feridos ainda não foi divulgado. O grupo pró-russo também destruiu carros.

Sanções

Caso a Rússia não desista de anexar a Crimeia ao seu território, isso poderá significar o fim das relações diplomáticas entre Moscou e Washington. Esse foi o alerta feito pelo chefe da diplomacia dos EUA, John Kerry, em conversa por telefone com o chanceler russo, Serguei Lavrov, ontem.

Também no sábado, a Presidência francesa anunciou que França e Estados Unidos pretendem adotar "novas medidas" contra a Rússia diante da "falta de progresso rumo a uma solução da crise na Ucrânia".

 

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