Crimeia nacionaliza bens do Estado ucraniano
Depois da vitória do 'sim' no referendo de anexação à Rússia (96,7% dos votos, segundo o último boletim oficial), a assembleia da Crimeia proclamou nesta segunda-feira (17), por unanimidade, a independência da península e decretou a nacionalização de todos os bens do Estado ucraniano em seu território, incluindo as empresas do setor energético. Para o presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchynov (foto), o referendo foi uma "grande farsa".
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Na capital da região autônoma, Simferopol, a noite de ontem foi marcada por festa com a população local hasteando bandeiras da Rússia e cantando o hino russo.
Hoje, a Duma, a câmara baixa do parlamento russo, informou que vai adotar rapidamente uma lei autorizando a Crimeia a se integrar à Federação Russa.
Ocidentais não reconhecem resultado
Os aliados ocidentais rejeitam o resultado e consideram o referendo ilegítimo. O presidente americano, Barack Obama, disse ontem ao presidente russo, Vladimir Putin, por telefone, que os Estados Unidos nunca reconhecerão a Crimeia como parte do território russo.
Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia estão reunidos em Bruxelas para preparar uma resposta conjunta ao Kremlin e decidir quais sanções serão aplicadas contra a Rússia.
Bolsa russa ganha fôlego
Em Moscou, a bolsa de valores abriu o pregão em alta após o resultado do referendo de ontem. O principal índice, o Micex, que é cotado em rublos, a moeda russa, subiu 1,05% na abertura. Já o índice RTS, cotado em dólar, subiu 1,15%. Por causa da incerteza gerada pela crise entre a Ucrânia, a Rússia e os ocidentais, a bolsa russa amargou perdas importantes nas últimas semanas. O rublo caiu mais de 12% em relação ao euro desde o começo do ano.
Em Tóquio, o resultado provocou uma queda de 0,35% no índice Nikkei nesta segunda-feira.
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