Rússia quer retirada de soldados ucranianos para abrir diálogo
O governo interino da Ucrânia ordenou nesta quarta-feira (30) que o adido militar russo em Kiev deixe o território ucraniano devido a suspeitas de espionagem. As autoridades pró-ocidentais de Kiev acusam a Rússia de provocar a agitação dos separatistas no leste da Ucrânia. O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, pediu, por sua vez, a abertura de um diálogo entre as autoridades de Kiev e os pró-russos, com a mediação da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).
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O Kremlin informou hoje, em comunicado, que a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu a ajuda do presidente Vladimir Putin para obter a libertação dos observadores militares da OSCE feitos "prisioneiros de guerra" dos separatistas de Slaviansk. Sete inspetores estrangeiros e quatro ucranianos são reféns dos separatistas há quase uma semana.
Putin disse a Merkel que para resolver a tensão com os separatistas, o Exército ucraniano deve se retirar do sudeste da Ucrânia. Soldados ucranianos foram enviados à região, em uma "operação antiterrorista", para retomar o controle dos prédios públicos invadidos pelos separatistas. Mas a situação escapa ao controle do Exército ucraniano. Os pró-russos já controlam 12 cidades rebeladas.
Putin afirmou que a crise na Ucrânia só será superada com o fim das violências contra os pró-russos e a abertura de um diálogo nacional com as autoridades de Kiev.
A Rússia, que alinhou dezenas de milhares de soldados ao longo da fronteira ucraniana, segundo a OTAN, desmente qualquer implicação na ação dos separatistas. Mas Moscou se reserva o direito de intervir para proteger a minoria de língua russa, se essa população estiver ameaçada.
O conselho de administração do Fundo Monetário Internacional aprovou, ontem, um plano de ajuda financeira de US$ 17 bilhões em dois anos. Além de passar por uma profunda crise política, a Ucrânia está à beira da falência.
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