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Ucrânia/ crise

Rússia convoca reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU

A Rússia convocou nesta sexta-feira (2) uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na Ucrânia. Moscou explicou que o pedido se deve “à grave escalada da violência no leste da Ucrânia”, onde o governo de Kiev iniciou uma ofensiva para recuperar o controle da cidade de Slaviansk. A reunião deve ocorrer nas próximas horas em Nova York (EUA).

Soldados ucranianos desembarcam de helicóptero perto de Slaviansk.
Soldados ucranianos desembarcam de helicóptero perto de Slaviansk. REUTERS/Baz Ratner
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O encontro na sede da ONU é o terceiro para debater a crise ucraniana desde o início do conflito. Nas reuniões anteriores, os países-membros não conseguiram chegar a um acordo sobre o tema.

A Rússia ficou “indignada” com a iniciativa de Kiev de lançar, hoje pela manhã, uma ofensiva militar à cidade separatista de Slaviansk. Dois pilotos ucranianos foram mortos na ação, depois que os insurgentes abateram os helicópteros em que os militares voavam. O governo ucraniano denunciou a colaboração russa no contra-ataque dos separatistas, que usaram lança-foguetes portáteis. Para o ministério da Defesa, a ação é obra de "grupos profissionais de sabotagem" e de "militares ou mercenários estrangeiros".

As autoridades ucranianas exigem que os terroristas, em referência aos separatistas pró-russos, "libertem os reféns, entreguem suas armas e deixem os edifícios ocupados", conforme o ministro do Interior, Arsen Avakov. A ofensiva começou às 4h30 (hora local) em Slaviansk e na localidade próxima de Kramatorsk.

Em Moscou, Dimitri Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, condenou a ofensiva. "O regime de Kiev lançou uma operação de represália que acaba com a última esperança sobre a viabilidade do acordo de Genebra", declarou Peskov, em alusão ao acordo fechado em meados de abril entre Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e União Europeia para reduzir a tensão no país. Por comunicado, o ministério das Relações Exteriores afirmou que “o uso do Exército contra o povo ucraniano é um crime que vai levar a Ucrânia a uma catástrofe”.

O porta-voz russo, que pediu ajuda da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) para deter esta operação ucraniana, indicou que Moscou mobilizou um enviado para negociar a libertação dos onze inspetores da OSCE detidos há uma semana pelos separatistas em Slaviansk. A cidade é uma das 12 do leste da Ucrânia sob controle dos pró-russos, que recusam o governo interino instalado em Kiev após a queda do presidente Viktor Yanukovytch, em 22 de fevereiro.

Morte em Odessa

Nesta sexta, o conflito se intensificou em outra cidade importante ucraniana, Odessa, porto do país no Mar Negro. Uma pessoa morreu e cerca de 10 pessoas ficaram feridas em confrontos entre pró-russos armados e defensores da união da Ucrânia.

A situação na Ucrânia e a libertação dos observadores da OSCE ocupará boa parte das negociações nesta sexta-feira na Casa Branca entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel. Os dois líderes terão sua primeira reunião desde o início da crise ucraniana.
 

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