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Ucrânia/ crise

Manifestantes atacam embaixada russa em Kiev

Manifestantes ucranianos atacaram neste sábado (14) a embaixada da Rússia na capital Kiev, provocando repreensão de Moscou, mas também de Washington, aliado do governo ucraniano. O secretário de Estado americano, John Kerry, conversou mais uma vez por telefone com o chanceler russo, Serguei Lavrov, a respeito da crise.

Manifestantes depredaram carros diplomáticos da embaixada russa em Kiev.
Manifestantes depredaram carros diplomáticos da embaixada russa em Kiev. REUTERS/Oleg Pereverzev
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Os ataques aconteceram em dois momentos. Primeiro, cerca de 300 manifestantes arrancaram a bandeira da Rússia da embaixada e jogaram ovos no local e depredaram veículos diplomáticos. Moscou denunciou a “inércia” das autoridades de Kiev diante da ação e disse que a retirada da bandeira representava “uma violação grosseira dos compromissos internacionais” pela Ucrânia.

“A Rússia está profundamente indignada pelas ações provocadoras e a profanação da bandeira russa”, declarou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em um comunicado. “As forças de ordem não fizeram nada para proteger a embaixada.”

Também Washington pediu ao governo ucraniano respeitar a Convenção de Viena, que obriga os países a garantirem a segurança dos prédios diplomáticos. Os americanos são aliados dos ucranianos na crise que afeta o país, na qual ambos se opõem à Rússia.

Durante a noite, os manifestantes voltaram a se insurgir contra a embaixada e jogaram um coquetel molotov no muro do prédio. Desta vez, o fogo foi rapidamente apagado pelos bombeiros.

O protesto aconteceu um dia depois de os separatistas pró-russos derrubarem um avião militar ucraniano em Lugansk, provocando a morte de 49 pessoas.

Diálogo entre potências

Neste sábado, o secretário de Estado americano, John Kerry, voltou a conversar por telefone com o chanceler russo, Serguei Lavrov. Um pediu ao outro mais colaboração para diminuir a tensão entre o governo ucraniano e os separatistas pró-russos que desejar a independência de Kiev.

Lavrov pediu que os Estados Unidos “usem a sua influência” junto às autoridades ucranianas para colocar um fim nas violências no leste do país e para que Kiev “tome consciência da falta de perspectiva de uma solução militar para o conflito”. Moscou também disse esperar a colaboração de Washington para “ajudar a criar condições favoráveis para um acordo aceitável” nas negociações sobre as entregas de gás russo à Ucrânia e sobre “as consequências da assinatura prevista de um acordo de associação entre a Ucrânia e a União Europeia”.

Já Kerry insistiu para que a Rússia pare de apoiar os separatistas na Ucrânia e “trabalhe junto com o governo de Kiev para viabilizar um cessar-fogo e um diálogo político.

 

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