Rússia corta fornecimento de gás para Ucrânia e agrava crise bilateral
A Rússia cumpriu sua ameaça e cortou o fornecimento de gás para a Ucrânia depois do fracasso das negociações bilaterais que duraram vários dias. O ultimato para o pagamento de U$ 4,5 bilhões (R$13,5 bi) devidos pelos ucranianos aos russos expirou na manhã desta segunda-feira (16).
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A guerra do gás está declarada.
A partir de agora, o grupo russo Gazprom só fornecerá o produto se a Ucrânia pagar adiantado. A medida radical pode afetar outros países europeus, já que 15% do gás consumido na Europa passa pelo territário ucraniano.
Os russos aumentaram o preço depois que os dirigentes pró-ocidentais chegaram ao poder. De US$268, mil metros cúbicos de gás passaram a custar US$485. Nas negociações, Moscou propôs US$385 mas a Ucrânia recusou.
Guerra do gás
A "Guerra do Gás" já chegou à justiça. Hoje (16) a Gazprom anunciou que entrou com uma queixa na Corte de Arbitragem de Estocolmo sobre a dívida ucraniana do gás. Em revanche, o grupo de gás ucraniano Naftogas também entrou com uma queixa na mesma instituição, reclamando de um pagamento excessivo de gás em 2010, no valor de U$6 milhões. A ação na justiça pede para a Corte estabelecer um preço justo para as futuras entregas do gás russo.
O conflito econômico é um fator agravante na crise política entre os dois países. Depois da expectativa de uma abertura de diálogo entre os presidentes russo Vladimir Putin, e Petro Porochenko, da Ucrânia, neste fim de semana a tensão aumentou entre os dois lados.
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