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Reino Unido/ imprensa

Chefe de tabloides britânicos é absolvida em escândalo de escutas

Rebekah Brooks, ex-chefe da divisão britânica de jornais de Rupert Murdoch, foi absolvida nesta terça-feira (24) da acusação de ter coordenado um esquema para grampear telefones e subornar autoridades em busca de notícias exclusivas. O ex-chefe de redação do tabloide News of the World, Andy Coulson, foi considerado culpado de pelo menos uma acusação no julgamento das escutas telefônicas realizadas pelo jornal.

Rebekah Brooks foi absolvida no processo das escutas do News of the World e Andy Coulson foi considerado culpado de pelo menos uma acusação.
Rebekah Brooks foi absolvida no processo das escutas do News of the World e Andy Coulson foi considerado culpado de pelo menos uma acusação. REUTERS/Paul Hackett/
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Após três meses de audiências, um júri do tribunal de Old Bailey, em Londres, inocentou Brooks por unanimidade das acusações de conspiração, ao interceptar chamadas telefônicas e pagar por informações. Ela era uma das conselheiras de Murdoch.

Ao ouvir o veredicto, Brooks mostrou pouca emoção imediata, mas foi auxiliada por uma enfermeira ao ser levada para fora do tribunal e ao passar no meio de um grupo de fotógrafos diante do imóvel, onde pegou um táxi. Ela estava acompanhada do marido, Charles, que também foi absolvido de tentativa de obstrução de investigação.

Coulson, entretanto, foi declarado culpado de pelo menos uma acusação e pode ser condenado a uma pena de até dois anos de prisão. A sentença será divulgada em outro momento, ainda indeterminado.

Longo processo

O veredicto foi anunciado após oito dias de deliberações sobre as responsabilidades no escândalo que provocou o fechamento do tabloide, em julho de 2011. Na época, Coulson não trabalhava mais no jornal e ocupava a função de secretário de comunicação do primeiro-ministro britânico, David Cameron, cargo do qual foi obrigado a pedir demissão.

O júri ouviu detalhes sobre a maneira de trabalho no jornal, conhecido pela publicação de escândalos e fofocas. O julgamento em si também atraiu os holofotes da imprensa, depois da descoberta de que os dois acusados tiveram um caso extraconjugal quando trabalhavam no jornal. O juiz John Saunders pediu que os jurados "excluíssem de suas cabeças qualquer coisa que tivessem ouvido fora do tribunal".

Murdoch era dono do News of the World, um tabloide de 168 anos extinto pelo magnata da mídia em meio a uma onda de indignação popular sobre revelações de que jornalistas grampearam a caixa postal do telefone celular de uma jovem assassinada. As investigações apontaram que o caso da menina era apenas a ponta do iceberg: o jornal realizou escutas das comunicações de dezenas de políticos e celebridades, como o ator Jude Law, o príncipe William e a esposa, Kade Middleton. 

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