Independência da Escócia pode afetar produção e exportação do whisky
A independência da Escócia pode ter um impacto negativo para um produto emblemático da economia do Reino Unido: o whisky. A conclusão é de um estudo publicado nesta quarta-feira (17) pelo banco holandês Rabobank, na véspera da votação.
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O produto mais famoso da Escócia poderia ter o acesso limitado ao mercado internacional, principalmente na União Europeia, que representa 37% das exportações. “Os benefícios a curto prazo de um voto positivo são pequenos, mas os riscos são importantes”, disse Elena Saputo, do Rabobank.
A questão da adesão do novo país à União Europeia, em caso da vitória do “sim” no referendo, é polêmica. A independência também poderia influenciar o preço das matérias primas na produção da bebida, segundo o Rabobank. Sem beneficiar da PAC (Política Agrícola Comum) europeia, há dúvidas sobre a capacidade dos agricultores escoceses em produzir cevada em quantidade necessária.
Outra dificuldade é a questão do câmbio, já que o valor da moeda escocesa é uma incógnita em caso de independência. Segundo a SWA (Scotch Whisky Association), uma saída da União Europeia seria “difícil de administrar”.
A associação elogiou o estímulo à exportação do Reino Unido, que representou € 5,4 bilhões (cerca de R$ 16 bilhões) em 2013. O setor do whisky também emprega direta e indiretamente mais de 35 mil trabalhadores. “O impacto da independência poderá ser determinado pelas ações do governo escocês apenas depois do voto”, conclui o relatório do banco holandês.
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