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França

França: volta a ser adiado julgamento de Sarkozy

O julgamento do ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy, acusado de corrupção e tráfico de influências,foi adiado para quinta-feira, depois de um dos três arguidos ter faltado à audiência por motivos de saúde. A AFP avança que o juiz Gibert Azibert vai ser testado ao novo coronavirus. 

Nicolas Sarkozy, ex-Presidente francês, à chegada ao tribunal esta segunda-feira.
Nicolas Sarkozy, ex-Presidente francês, à chegada ao tribunal esta segunda-feira. REUTERS - CHARLES PLATIAU
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Ainda não foi hoje que começou o julgamento do ex-Presidente francês acusado de corrupção e tráfico de influências, na sequência de um escândalo que envolve as escutas telefónicas.

Apesar de Nicolas Sarkozy ter comparecido, esta manhã, no tribunal em Paris, o julgamento foi suspenso, até quinta-feira, depois de um dos três arguidos ter faltado à audiência por motivos de saúde. A AFP avança que o juiz Gibert Azibert vai ser testado ao novo coronavirus. 

O Ministério Público opôs-se ao adiamento do julgamento, alegando que o arguido podia testemunhar por videoconferência, como estipula o despacho judicial, emitido pelo executivo, para adaptação das sessões num contexto de pandemia. 

O ex-Presidente vai ser julgado em conjunto com o seu advogado Thierry Herzog e Gilbert Azibert, podendo ser condenados a uma pena suspensa de prisão de até 10 anos e a uma multa de até um milhão de euros. 

Os três acusados negam qualquer irregularidade e reclamam-se inocentes. 

Este processo, conhecido por "caso das escutas", começou quando os serviços da polícia descobriram que Sarkozy e Herzog usaram, em 2014, telemóveis secretos, registados sob o pseudónimo "Paul Bismuth", para terem conversas privadas, já que receavam que as conversas estivessem sob escuta. 

As conversas estavam sob escuta, por ordem judicial, para esclarecer suspeitas de que Sarkozy teria recebido dinheiro do ditador líbio, Muammar Kadhafi, morto em 2011, para financiar a campanha eleitoral de 2007. 

O empresário franco-libanês Ziad Takieddine que garantia ter entegue uma mala com cinco milhões de euros em dinheiro, provinda da Líbia, a Sarkozy e ao seu ex-chefe de gabinete, Claude Gueant, voltou a atrás nas declarações, no início deste mês, afirmando agora nunca houve financiamento líbio. 

O antigo Presidente francês reagiu e defendeu que a verdade estava "finalmente a aparecer"

Este não é o único processo do antigo chefe de Estado francês. Na primavera de 2021, Nicolas Sarkozy, em conjunto com 13 outras pessoas, terá de responder à justiça pela acusação de financiamento ilegal da sua campanha presidencial de 2012. 

O partido de Sarkozy e uma empresa chamada Bygmalion são acusados de terem recorrido a um sistema especial de facturas para ocultar gastos excessivos não autorizados, sendo suspeitos de terem gastado 42,8 milhões de euros, quase o dobro do máximo autorizado, para financiar a campanha. 

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