Air France et Airbus julgadas por homicídio involuntário no caso do voo do Rio de Janeiro
A companhia aérea e o fabricante de aviões vão ser julgados 11 anos depois pela queda do voo AF444, que fez 228 vítimas mortais.
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As duas entidades vão comparecer perante os tribunais franceses pelo crime de homicídio involuntário na queda do avião em 2009 que transportava 228 passageiros entre o Rio de Janeiro e Paris.
Em 2019, os tribunais tinham considerado que nem a Airbus nem a Air France tinham qualquer responsabilidade na queda do avião, considerando que faltavam provas para estabelecer a culpa das empresas ligadas "aos erros dos pilotos que estiveram na origem do acidente".
Em recurso, o Tribunal de Paris decidiu agora o contrário, dando razão às famílias das vítimas e aos sindicatos de pilotos.
"Na cerimónia do 01 de Junho de 2021, vamos finalmente poder dizer aos nossos desaparecidos que fomos até ao fim e vamos poder dizer-lhes que a sua memória foi respeitada", declarou Danièle Lamy, presidente da associação Entraide et Solidarité AF447 que representa as famílias da vítimas.
A Air France mantém que não cometeu qualquer erro que tivesse levado à queda do avião e a Airbus considera que a decisão de hoje é "injustificada".
Segundo o Gabinete de Investigação e Análise, o organismo francês encarregado pela investigação técnica do acidente, o avião terá caído devido a um bloqueio provocado pelo gelo que afetou a medição de velocidade do aparelho.
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